Catas Altas da Noruega começou a ser povoada aproximadamente em torno de 1690 por membros das bandeiras de Miguel Garcia e do coronel Salvador Furtado de Mendonça enquanto exploravam a região da Serra de Itaverava.
Na região onde se encontra o atual município, três núcleos de mineração se formaram a partir das primeiras descobertas do ouro, originando três distritos: Noruega, São Gonçalo e São Francisco.
Os distritos de São Gonçalo e São Francisco eram próximos e acabaram se unindo num único povoado que passaria a ser chamado São Gonçalo das Catas Altas e mais tarde Catas Altas da Noruega. Como a cata do ouro era fácil, encontrando o precioso mineral até nas raízes das plantas, o povoado cresceu e assim nasceu as "Catas Altas", seu primeiro nome.
Pelos idos de 1750, surgiram os primeiros sinais de decadência da mineração do ouro, ocasionada pelo progressivo esgotamento das minas superficiais, e ainda pelo elevado montante fixado para a cobrança do imposto do quinto da Coroa, que não era somente estendido aos mineiros, mas também a pessoas que se dedicavam a outras profissões. Muitos ficaram reduzidos à miséria.
Diante dessa situação, e incentivados pela iniciativa do Conde de Bobadella, o governador da Capitania das Minas Gerais, que procurou incentivar novas descobertas, os garimpos de Catas Altas e o da Noruega (atual localidade rural do município) foram reativados e se uniram, originando o nome atual da cidade: Catas Altas da Noruega.
Até 1718, o povoado pertencia a Vila Rica (atual Ouro Preto), quando aos 7 de março, o então governador da Capitania, o Conde de Assumar, subordinou o distrito à jurisdição da recém-criada Vila de São José del-Rei (atual Tiradentes).
No ano de 1840, em 3 de abril foi criada a freguesia de Catas Altas da Noruega, pela Lei Nº 184, subordinada ao município de Conselheiro Lafaiete.
Catas Altas da Noruega emancipou-se pela Lei nº 2.765 de 30 de dezembro de 1962 e foi instalado como município em 1º de março de 1963.
Datada de 1727, a Matriz de São Gonçalo do Amarante é um exemplar de traços estilísticos inspirados na primitiva arquitetura dos jesuítas, é um prédio preservado em suas características originais, contando-nos muito sobre os processos construtivos e artísticos das Minas setecentistas. Possui um altar-mor e quatro altares laterais e duas capelas internas. Seu estilo de construção é barroco da primeira fase.
Igreja Nossa Senhora dos Remédios - A Igreja está localizada no alto de um morro ao qual se tem acesso por estrada de terra. A capela é anunciada por um cruzeiro de madeira localizado do lado esquerdo do portão de entrada do adro. É uma edificação muito bem preservada em suas características originais, de interesse de preservação pelo seu valor histórico, arquitetônico, religioso e simbólico. Apresenta características jesuíticas, destacando-se o altar-mor em talha, o púlpito, as tribunas e os nichos laterais para imagens de vestir. Nas comemorações do mês de maio um anjo em madeira desce do alto da igreja para coroar Nossa Senhora. Construída em 1752 pelo Frei Francisco Vieira, em meados do século XVIII teve como sacerdote o Pe. Bento de Souza Lima possuidor de minas de ouro e engenho de cana-de-açúcar na região, fundador da cidade de Santa Margarida no leste de Minas e primeiro pároco de cidade de Lamim (MG).
A imponente Igreja do Rosário foi construída na parte alta de Catas Altas da Noruega. De sua torre avista-se toda a cidade. Após sucessivas reformas perdeu sua característica original, entretanto seu altar-mor e pia batismal em pedra-sabão datada de 1765, dentre outros objetos e adornos remontam ao século XVIII. Nas proximidades desta igreja encontra-se o cemitério da cidade e a Capela do Santíssimo Sacramento.
O mapa está disponível em: 1927_10_MG Município de Queluz
© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024
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