segunda-feira, 2 de novembro de 1970

Congonhal 1972 - Cemitério Paroquial de Congonhal

Mapa 01 - Cemitério já constava no Mapa do 
Distrito de São José do Congonhal - 1933
Construído no final do século XIX, recebeu na época o nome de Cemitério Paroquial, pois era de responsabilidade da Paróquia de São José de Congonhal, que até hoje mantem, na sua secretaria os livros de registros de óbitos. "A igreja e o cemitério foram construídos na mesma época (1879)”. (Fichas - arquivo do Museu Tuany Toledo de Pouso Alegre). O cemitério era menor, mais ou menos um quarto do tamanho atual, sendo seus limites definidos por um muro de taipa à frente onde hoje fica o cruzeiro. O restante do lote era cercado por arame farpado. Quando o mato crescia, a comunidade fazia mutirões para carpir, sendo que a cada capina, dedicavam-se moradores de um ou outro bairro da zona rural.
No inicio todas as pessoas eram enterradas em covas. Atualmente ainda existem algumas que são enterradas dessa forma, porém a maioria dos sepultamentos são feitos em carneiras ou túmulos com acabamento de cerâmica ou cimento.  A maioria dos túmulos variam de tamanho, sendo de uma a quatro gavetas. A primeira pessoa a ser enterrada neste cemitério foi uma escrava de nome “Mãe Joana” que morava no bairro dos Coutinhos. Esta informação consta em fichas no Museu histórico "Tuany Toledo", de Pouso Alegre, além de ter sido narrada por pessoas da comunidade.
Foto 01 - Cemitério de Congonhal - Ano de 1972
Também narrado pela comunidade, consta a história da carneira de criança mais antiga pertencente ao menino José Joaquim, nascido a 16 de setembro e falecido a 20 de agosto de 1928.
Outros túmulos estão entre os mais antigos de pessoas adultas: Maria A. Jesus Morais nascida em 1870 e falecida em 1935; Antônia V. Moraes nascida em 1876 e falecida em 1963; Ana Inácia Toledo nascida em maio de 1895 e falecida em outubro de 1925; Eliza Carmelita Toledo nascida em fevereiro de 1876 e falecida em janeiro de 1953; e o de Francisco Cesário Gomes nascido em 21 de março de 1899 e falecido em 11 de dezembro de 1967. Na paróquia existe um livro de Assento de Óbitos, onde eram lançados os registros das pessoas que faleciam e eram enterradas no cemitério, sendo que o primeiro registro foi feito na data de 30 de setembro de 1881 e o ultimo em 16 de maio de 1973.
Fonte: Biblioteca Nacional Digital do Brasil - Jornal - Minas Geraes : Orgão Official dos Poderes do Estado (MG) - 1892 a 1900.

sexta-feira, 30 de outubro de 1970

Congonhal 1970 - Salão Paroquial de Congonhal

Foto 01 - Congonhal 1970 - Salão
Paroquial de Congonhal
O Salão Paroquial de Congonhal foi construído entre os anos de 1938 a 1942, para que os Padres tivessem local para ministrar catequese.
Neste salão também funcionou o primeiro cinema de Congonhal, trazido pelo Padre Salústio e quem operava a máquina de projeção era o Sr. Nelson Wood.

Nos anos 80 o cinema foi reativado pelo Raimundo "Piru". Quando criança, esperava ansioso, pelos matinées dominicais, depois vinha como complemento os filmes dos Trapalhões, além de filmes com o Oscarito e Grande Otelo e a noite sonhar além dos filmes de Cawboys tinha também Elizabeth Taylor e Rock Hudson.

Um dos filmes que assisti no Salão paroquial foi: "O Incrível Monstro Trapalhão", filme brasileiro de 1981, do gênero comédia, dirigido por Adriano Stuart e estrelado pela trupe humorística Os Trapalhões. 
Figura 02 - Cartaz do Filme
"Os Três Boiadeiros".
Outro filme que assisti no Salão paroquial foi:
Os Três Boiadeiros, 1979"
• Direção: Waldir Kopesky
• Roteiro: Waldir Kopesky (argumento e roteiro), 
• Roteiro: Anacleto Rosas Júnior (argumento/baseado na música)
• Gênero: Aventura / Drama / Musical 
• Origem: Brasil 
• Duração: 90 minutos
• Tipo: Longa-metragem

"Os Três Boiadeiros - Três peões (Pedro, Zé Rolha e Chiquinho) resolvem correr mundo transportando bois, prometendo às amadas que voltarão sempre pra casa. Contratados para entregar uma boiada numa região perigosa, famosa pelos assaltos constantes, os três aceitam rapidamente e se preparam para capturar os bandidos. Pedro, solteiro, não tem pra quem voltar e só pensa em sua amada Juliana, que há muito se casou com outro. Mas a estrada sempre traz suas surpresas".

Nos anos 90 funcionou como Pastoral da Juventude com encontro de grupo de Jovens da Igreja Católica. Trabalham com diversos temas de nossa realidade, discutindo e mostrando a eles qual a melhor opção de ser realmente feliz.
O grupo fazia trabalhos voluntários todos os anos como Campanha do Agasalho e Campanha do Natal, Realiza também Festa Julina com os pais dos membros do grupo e com amigos; Faz Teatro da Paixão e Morte de Jesus que envolve cerca de 70 pessoas contando com apoio de vários patrocinadores.

Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

quarta-feira, 7 de outubro de 1970

Congonhal 1966 - Desfile Cívico do dia 7 de Setembro

Foto 01 - Desfilie Cívico - 7 de Setembro de 1966.

Alunos do Grupo Escolar "Mendes de Oliveira", durante um ato cívico, fotografados em frente da casa que foi a primeira sede do correio de Congonhal, situado na Praça Comendador Ferreira de Matos, berço da cidade de Congonhal, aqui em uma imagem dos anos 1960, mais precisamente em frente à Praça Comendado Ferreira de Matos, quando a população atenta, acompanhava o desfile do dia 7 de Setembro.

segunda-feira, 5 de outubro de 1970

Congonhal 1965 - Encenação da Paixão de Cristo

Encenação da Paixão de Cristo era tradição em Congonhal nos anos 60. Realizado por muitos anos, o espetáculo reunia centenas de pessoas que relembravam a importante passagem da vida cristã.
Foto 01 - Congonhal 1965 - Encenação
da Paixão de Cristo
Essa foto foi o registro de uma procissão da semana Santa, ocorrida abril de 1965 em Congonhal.

Meu pai dizia que naquela época durante a quaresma praticamente não se consumia carne vermelha, que era substituída por peixe, na Semana Santa, as emissoras de rádio, mudavam seu repertório, a música popular era suspensa e assim ouviam-se cantos, hinos e contos bíblicos específicos para a ocasião.
Já na sexta-feira da Paixão, muitas pessoas não penteavam os cabelos, não varriam casas nem quintais! O uso de facas para cortar pães não era permitido, qualquer tipo de atividade era deixado de lado. No período da tarde daquele dia, todos se silenciavam… Ficavam quietos, rezando, muitos jejuavam e às vezes a fome era saciada com água e pão!
Figura 02 - Cartaz com convite para
a "Encenação da Paixão de Cristo".
Na igreja, todos os Santos eram cobertos por uma manta roxa, o que era tradição, e várias pessoas se ajuntavam em frente da igreja, e em silêncio…
O respeito era muito grande! Ele estava ali naquele dia cheio de tradição e respeito, e junto com um grupo de pessoas da família se dirigiam em direção à praça comendador Ferreira de Matos onde era realizado a "Encenação da Paixão de Cristo", um dos atores era o Chico da Farmácia.
Ouvia-se no rádio contos de Cristo, e nos cinemas filmes bíblicos como: O Manto Sagrado, Reis dos Reis, Espártacus, Os Dez Mandamentos, Ben Hur, El Cid, Sansão e Dalila… Que era sinônimo de casa cheia!

Na foto 01 - Ao fundo há a uma edificação da década de 40, essa casa ficava na Praça Comendador Ferreira de Matos, esquina com a Rua Prudente de Morais, pertenceu ao Sr. João Vilela Franco. Na parte debaixo​ do sobrado ficava o armazém do Sr. Geraldo Correia, fazíamos compras lá, na época da caderneta.
Muitas pessoas moraram ali, o Saulo da Farmácia morou ai por uns tempos, nos anos 80.
Foi demolida na década de 90, para construção de outra edificação, onde funcionava um espaço de lazer, atualmente é uma papelaria e nos fundos, um bar com saída pela Rua Prudente de Morais.

Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

quarta-feira, 30 de setembro de 1970

Congonhal 1960 - Procissão de Finados

Essa foto é de uma procissão de finados onde as mulheres andavam de um lado da rua e os homens do outro. Observem, as ruas ainda eram chão batido. 
Foto 01 - Congonhal 1960 - Procissão de Finados
A praça desde os primórdios do povoamento do município, é o local diversos tipos de manifestações como: procissões, desfiles, festas shows. 


Minha Vó Maria tinha como principal qualidade contar causos. Então, ouvi a minha infância inteira uma história intitulada “Procissão dos Mortos dos Dourados”, que dizia o seguinte:
Em um dia de Finados há muitos anos, minha avó ainda criança, morava em uma casinha de madeira na estrada do bairro dos dourados. 
"Naquele 02 de novembro sua mãe hospedava um irmão que veio de longe e dizia-se não acreditar em nada vindo do além. Naquela noite em específico, perto da meia-noite, ele resolveu abrir a janela da humilde casa para fumar tranquilamente seu cachimbo, minuciosamente preparado. Porém, ao abrir a janela, foi deparado com um pequeno grupo de pessoas vestidas com túnicas negras e compridas passando na rua. Um dos integrantes do grupo veio até ele e ofereceu uma vela. A procissão continuou seguindo, até se perder na escuridão. No outro dia, ao acordar, comentou com todos sobre a bela procissão que passou e perguntou se alguém não havia escutado a cantoria. Todos balançaram a cabeça negativamente achando estranho não escutarem o barulho que o homem dizia ser tão evidente. Para provar que estava falando a verdade, foi até a sala pegar a vela para mostrar, quando de repente dá um grito e todos correm para a sala, onde havia um osso humano na mão daquele até então desacreditado homem, que depois do ocorrido enlouqueceu e cometeu suicídio poucos meses depois".
Nem preciso dizer que quando minha avó contava essa história eu ficava semanas sem dormir e o bairro do Dourado na minha mente infantil era um local amaldiçoado, até as jabuticabas daquelas chácaras eram assustadoras.

Na Foto 01 - Á esquerda da Praça comendador Ferreira de Matos há uma edificação onde funcionou até 1963 a escola Estadual Mendes de Oliveira, que mudou de local com a construção de um prédio de estrutura metálica na Rua Duque de Caixas, para atender a população escolar que aumentou, esta construção ficou conhecida como "Escola de Lata", que foi desativada a partir da construção de outro prédio em 1978.
Neste local a partir de 1963 funcionou o "Grupo Escolar de Congonhal" que, em 29 de agosto de 1966 passa a denominar-se " Grupo Escolar João Lúcio dos Santos", em homenagem ao mesmo, cidadão benemérito, que pertencia a uma família tradicional da cidade. Atualmente é a Prefeitura Municipal. 



Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

segunda-feira, 10 de agosto de 1970

Congonhal 1959 - Obras para captação de água

Congonhal 1959 - Equipe com material
para obra de captação de água
Primeiro caminhão da Prefeitura Municipal de Congonhal, registrado no ano de 1958. O caminhão estava carregado de canos, que serviram para fazer o encanamento da água da Cachoeira dos Quintilhanos.
O caminhão era um basculante, da marca REIHN (Ford Alemão). Nesta foto o motorista do caminhão era o Sr. Luiz Ansorge, está presente também o engenheiro alemão responsável pelo serviço da captação da água, e o prefeito da época Sr. Mário Silveira.

sábado, 8 de agosto de 1970

Congonhal 1958 - Laticínio São José

Foto 01 - Congonhal 1958 - Laticínio São José.
Em 1958, na rua Silviano Brandão, 6, entrava em funcionamento o primeiro laticínio de Congonhal, cujo o nome era Laticínio São José. Era de propriedade do Sr. Vicente Venâncio dos Santos e do Sr. Benedito Policarpo Alvarenga. Com maquinário de ultima geração adquirido com financiamento próprio em Lambari - MG.
A família Alvarenga tinha uma fábrica de laticínios, desde a década de 30. Fabricavam queijos dos mais diversos tipos, e levavam para outras cidades para serem vendidos com a marca Fronteira Laticínios, o laticínio funcionou até no ano 2000, com a Família Alvarenga .

Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

sexta-feira, 7 de agosto de 1970

Congonhal 1957 - Praça Comendador Ferreira de Matos


Foto 01 - Congonhal 1957 - Praça Comendador Ferreira de Matos
Em meados do século XX,o traçado atual da Praça, já havia sido construído e, em seus canteiros, várias mudas já haviam sido plantadas. Acima da Igreja Matriz praticamente não havia muitas casas, apenas a caixa d'água, do lado esquerdo, que fazia a distribuição de água para algumas casas. Reparem nessa foto, vemos que a Praça Comendador Ferreira de Matos estava em face final de construção, vemos também a casa do Homero Cesário, irmão do Seu Dito Pipoqueiro (Benedito Cesário), depois foi casa do Seu Alcizio que era o Maestro da Banda.

sábado, 1 de agosto de 1970

Congonhal 1955 - Emancipação de Congonhal

Figura 01 - Posse do primeiro prefeito de
Congonhal - Sr Mário Silveira.
Congonhal foi elevado à categoria de Município, pela Lei nº 1039, de 12-XII-1953 que fixou o quadro para 1954-58, composto dos Distritos de Congonhal e Senador José Bento, desmembrado da comarca de Pouso Alegre.
Posse do primeiro prefeito de Congonhal - Esse evento aconteceu na rua Silviano Brandão,489. A foto registrava na ocasião do dia 02 de Fevereiro de 1955, a posse do primeiro prefeito de Congonhal, Sr Mário Silveira. Neste mesmo local, funcionaram a Prefeitura e a Câmera Municipal.
Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

"Pouso Alegre, no início dos anos 50, contava com a estimativa de 28.731 habitantes, sendo que 15.000 habitavam o espaço urbano e 9.000 a zona rural. Em 1955, há uma queda para 22.224 pessoas devido à emancipação de Congonhal, antes distrito de Pouso Alegre. A maioria da população habitava o ambiente rural, com 14.806 e o espaço urbano constituído por 12.509 habitantes. O aumento de construções de casas na área central e as novas formas que a cidade foi tomando deixaram para trás o estilo arquitetônico francês adotado pela antiga república". 
Fonte: CIDADE REMODELADA: OS CONFLITOS SOCIAIS NO MERCADO MUNICIPAL DE POUSO ALEGRE/MG - Autores: Ana Eugênia Nunes de Andrade, Andréa da Silva Domingues, Fernando Henrique do Vale


quarta-feira, 1 de julho de 1970

Congonhal 1951 - Quartel de Polícia de Congonhal


Foto 01 - Quartel Policial de 
Congonhal, 1951.
Temos na foto 01 o prédio da antiga cadeia ,localizava-se na Rua Duque de Caxias, entre a Rua Monsenhor José Paulino e a Rua do Rosário (Falta confirmação desta Informação). A viatura era uma bicicleta.

Crimes não é uma novidade em Congonhal, em publicação no Diário Official de Minas Geraes ano de 1893: Orgão Official dos Poderes do Estado (MG) - temos os relato dos primeiros crimes no Distrito de São José do Congonhal.
Antônio Joaquim de Souza e Vicente Ferreira do Nascimento que foram presos pelo Capitão Nicolau Antônio Tassara de Padua, sendo os artigos: 193 - Extraviarem a correspondencia, 34 - Aggressão, 304 - Lesão corporal e 377 - Uso de armas offensivas.

domingo, 14 de junho de 1970

Congonhal 1944 - Cristo Rendentor da Praça Comendador Ferreira de Matos

Congonhal 1944 - Cristo Redentor
A imagem do Cristo Redentor da da Praça Comendador Ferreira de Matos foi implantada em no ano de 1927 alguns moradores mais velhos se lembram do enorme buraco feito na praça para a colocação da estatua . A tradição oral reza que, se a esfera (que simboliza o mundo) que a imagem traz na sua mão esquerda, caísse no chão , o mundo iria acabar ... 
Como podem perceber, Congonhal e o Rio de Janeiro têm duas coisas semelhantes, guardadas a descomunais proporções. É claro! 
A primeira semelhança é que o Rio era uma cidade maravilhosa e pacífica no passado e hoje é uma verdadeira praça de guerra. Já Congonhal que hoje é um lugar calmo e pacífico, na época da infância de meu avô "Chico Fubá" a coisa era feia. Todo mundo andava armado de faca, punhal, garrucha, revólver, espingarda e de vez em quando usava. Pra encurtar. Teve uma época que a cadeia de Pouso Alegre só tinha matador de Congonhal. 
A segunda é o Cristo Redentor. O Cristo do Rio é uma das maravilhas do mundo e está situado de braços abertos, numa paisagem deslumbrante. Alem disso é cheio de história desde sua inauguração, a ponto de ter proporcionado para Marconi a proeza de ter usado ondas de rádio para ilumina-lo a distancia. Já o Cristo de Congonhal, coitado, foi colocado crucificado no antigo Largo da Igreja, um lugar esburacado de terra vermelha. Hoje está numa bela praça ajeitada. 
O Cristo de Congonhal foi comprado em Campinas por uns fazendeiros que se cotizaram liderados pelo Tuany Toledo, farmacêutico e já político. Eles viajaram para Campinas e quando chegaram na fabrica ficou a dúvida. Tinha Cristo pra todo gosto: Menino Jesus, Cristo das parábolas, Cristo expulsando vendilhões, Cristo da Santa Ceia e o Crucificado. Então, perguntavam: qual o Cristo que vamos levar? 
Foi daí que meu avô, Chico Fubá, um dos membros da comitiva deu a solução: __Olha Tuany, vamos levar um Cristo morto, porque se ele lá chegar vivo eles matam.

sexta-feira, 12 de junho de 1970

Congonhal 1942 - Pharmácia Tuany Toledo

Foto 01 - Congonhal 1942 - Pharmácia Tuany Toledo
Essa casa foi construída pelo Sr. Tuany Toledo na primeira década do século XX , na Rua Silviano Brandão , esquina com a Evaristo Valdetaro e Silva, onde residiu e manteve funcionado uma farmácia,  pois além de político, era farmacêutico.
Tuany Toledo nasceu em Congonhal, em 7 de janeiro de 1893 e faleceu em Pouso Alegre, em 15 de julho de 1985. Filho de Custódio Toledo e Elisa Carmelita Toledo. Casado com a Profª Hermelinda Toledo.
Em Congonhal, exerceu, como político, vários cargos públicos, sendo eleito vereador distrital em diversos pleitos eleitorais, que evidenciaram o seu grande prestígio. Entretanto, cumpre assinalar a sua atuação como Inspetor Escolar, em cujas funções cooperou moral e materialmente para o desenvolvimento do ensino.
Grande quantidade de benefícios foram por ele distribuídos em Congonhal, durante o tempo em que exerceu o cargo de Vereador Distrital, destacando-se: abastecimento de água, luz elétrica, prédio escolar e a igreja - empreendimentos esses que mereceram de sua parte dedicada atenção.
Em Pouso Alegre foi eleito Presidente da Câmara em 22 de julho de 1936, tendo marcante atuação na política municipal e exerceu o cargo de Prefeito Municipal de 1937 a 1941.

quarta-feira, 10 de junho de 1970

Congonhal 1940 - Procissão de Corpus Christi

Foto 01 - Congonhal 1940 - Procissão de Corpus Christi
A foto tirada em meados da década de 40, registra jovens adolescentes participando da Procissão de Corpus Christi, desfile este que era realizado na Praça Comendador Ferreira de Matos, aqui nas proximidades do antigo Grupo Escolar Mendes de Oliveira. 
A antiga edificação sofreu inúmeras intervenções e demais construções, originando o edifício onde está o Banco Itaú e ao lado, o prédio atual da Prefeitura Municipal de Congonhal.
A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média. Fazem parte da lembrança da data missas, procissões e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.
Em Congonhal, no inicio da década de 40 já era costume erguer altares em determinados pontos da cidade. As ruas eram enfeitadas com folhas de árvores e as janelas e sacadas eram ornamentadas com toalhas de renda (ou bordadas), jarras de flores e outros detalhes que davam ao local um aspecto festivo e solene, preparado especialmente para a passagem da procissão dos fiéis.

Foto: Câmara Municipal de Congonhal.

sexta-feira, 5 de junho de 1970

Evolução do Distrito de São José de Congonhal - Década de 40

Foto 01 - Festa de São Sebastião - Ano de 1945
HISTÓRICO - Perto de Pouso Alegre, mais ou menos a uns quinze quilômetros, existia, nos meados do século XIX, uma fertilíssima planície banhada pelo rio Cervo, onde medrava em abundância uma planta nativa chamnada "congonha" e onde também já se formara pequeno núcleo populacional.
José Ferreira de Matos era proprietário de uma fazenda nas redondezas e por motivos que a história não registrou, deliberou doar uma área de 25 alqueires para patrimônio de uma capela que deveria ser construída em honra a São José.
A autorização foi dada pelo Bispo de São Paulo, em 1869, sendo que doze anos depois instituía-se, canônicamente, a Paróquia, tendo sido seu primeiro Vigário o Padre Bernardo Cardoso de Araújo.
Foto 02 - Praça Comendador Ferreira de Matos
Ano de 1957 - Construção do Coreto
O povoado, com o nome de São José do Congonhal, passou a prosperar rápidamente, e em 1900, segundo estimativa da época, já contava com uma população de cêrca de 2 400 almas.
Em 1939 passou a chamar-se Vila de Congonhal, topônimo êste que, em 1953, quando obteve sua independência administrativa, transformou-se em Congonhal.

Emancipação de Congonhal - 1953
O Município é atualmente composto de dois Distritos: Congonhal - sede e Senador José Bento, ambos saídos do município de Pouso Alegre.
Congonhal é judicialmente subordinado à Comarca de Pouso Alegre. Situa-se o municipio na Zona Sul do Estado de Minas Gerais. O aspecto geral do seu território é plano com pequenas partes elevadas. Sua área é de 288 km.
Foto 03 - Cemitério de Congonhal - Ano de 1972
POPULAÇAO - Segundo os dados do Recenseamento de 1950, era de 4447 habitantes a população do município. Estimativas do Departamento Estadual de Estatística de Minas Gerais dão 8 655 habitantes, como sua população provável em 31-XII·1955. Densidade demográfica: 30 habitantes por quilômetro quadrado (1955).
Segundo os dados do Recenseamento Geral de 1950, era a seguinte a situação do distrito de Congonhal, núcleo em torno do qual se emancipou posteriormente o atual município: Quadro Urbano: 320 homens e 319 mulheres; Quadro Suburbano: 170 homens e 166 mulheres; Quadro Rural: 1840 homens e 1668 mulheres; totalizando 4447 habitantes.

Cemitério Paroquial de Congonhal
Mapa 01 - Congonhal 1972
Festa de São Sebastião – “Realizou-se na paróquia a tradicional festa de São Sebastião no dia 26 de junho cujo Festeiro Sr. Pedro Ribeiro muito trabalhou para que fosse bom 0 resultado financeiro. Foi pregador o Revmo. S. Cônego João Aristides, D. D. Secretário do Bispado. O Saldo da festa foi de 60.000,00 que seria empregado na reforma do Cemitério Paroquial que se acha em estado lamentável “ (TOMO 2 pagina 11, linhas 17 até 25 – 26/06/1955 – Pe. Joaquim Carneiro Filho).
Na gestão do prefeito Joaquim Nelson Morais (22/02/1967 a 31/01/1971), o cemitério foi ampliado e remodelado, de acordo com a lei municipal 331 de 11/09/1970. A cerca de arame farpado foi substituída por muro de alvenaria e as ruas internas foram abertas e calçadas. A partir de 01 de janeiro de 1972 de acordo com a Lei Municipal 358 de 04/12/1997 o cemitério passou a ser de responsabilidade, da Prefeitura Municipal, passando assim a ser chamado Cemitério Municipal.

Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

terça-feira, 2 de junho de 1970

Personagens da história de Congonhal (MG) - Frederico Mendes de Oliveira.

Foto 01 - Década de 30 -  Sr Frederico Mendes
de Oliveira, esposa Letícia Maria Eulália e
filhos Miguel e Jandira.
A família de Frederico Mendes de Oliveira era proprietária no bairro da Grota Rica de fazenda com engenho de serrar de tração animal.
Na foto da década de 30 está o Sr Frederico Mendes de Oliveira, esposa Letícia Maria Eulália, filhos Miguel e Jandira (no colo).
Nota-se que mesmo para um proprietário de fazenda o calcado era coisa rara na época!
Frederico Mendes de Oliveira era avô paterno de Danilo Melo - Despachante em Congonhal - MG, o qual é filho de José Augusto de Melo (conhecido por Gusto Fidirico), irmão de Miguel e Jandira.

Crédito da Foto: Amanda Mello

 Referência: VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro - Segunda Edição para 1884 - <<http://memoria.bn.br/DocReader/213462/848>>. 

segunda-feira, 1 de junho de 1970

Distrito de São José de Congonhal - Década de 30

No Diccionário Geographico do Brazil de 1896, Congonhal é descrito como Paróquia do Estado de Minas Gerais, no município de Pouso Alegre, a 18 kilômetros dessa cidade, em uma linda planície regada pelo rio Cervo.
Distrito de São José de Congonhal - 1930
São José é o santo de invocação que dá nome ao local, sendo portanto oficialmente denominado São José do Congonhal. Foi  criado distrito pelo artigo II da Lei Provincial numero 2242 de 26 de junho de 1876 e elevado á categoria de paróquia pelo artigo I parágrafo I da lei 2.650 de 4 de novembro de 1880.
As casa construída, já contavam 100 e o cemitério era fechado por muro de taipa e mantinha-se bem conservado. Na localidade há cultura de cereais e café. Tem uma escola publica de instrução primária para o sexo masculino, além de uma outra para sexo feminino. Tem agência  do correio do tipo estafeta, semanal.
A então Vila de Congonhal contava com cerca de 2400 habitantes, que liderados pelo Coronel Evaristo Valdetaro e Silva, buscavam sua emancipação política e administrativa. Coronel Evaristo, era dono de uma farmácia em Pouso Alegre bem equipada segundo os padrões da época e muito freqüentada pelos políticos, médicos e farmacêuticos da região.
Município de Pouso Alegre  - 1927
O Cristo de da praça de Congonhal foi comprado em 1928 em Campinas por moradores que se cotizaram liderados por Tuany Toledo, farmacêutico e político.
Em 1930 é inaugurada a escola mista no distrito de Congonhal, sendo nomeado inspetor escolar o Sr. Tuany Toledo.
"São José do Congonhal" continuou crescendo lentamente. Em 1938 teve sua denominação reduzida para Congonhal.
O município foi criado em 1953, com território desmembrado do município de Pouso Alegre.
Congonhal figura no Mapa do Município de Pouso Alegre marcado como Distrito de São José do Congonhal - assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1927, com população absoluta de 6.397 almas. Note que a área onde hoje é o município de Senador José Bento, fazia parte do distrito de Congonhal.
O Distrito criado com a denominação de Congonhal, pela lei provincial nº 2650, de 04-11-1880, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Pouso Alegre. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Congonhal, figura no município de Pouso Alegre. Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Congonhal tomou o nome de São José do Congonhal. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de São José do Congonhal, figura no município de Pouso Alegre.

Fonte: Biblioteca Nacional Digital do Brasil - Jornal - Minas Geraes : Orgão Official dos Poderes do Estado (MG) - 1892 a 1900.

quarta-feira, 20 de maio de 1970

Distrito de São José de Congonhal - Década de 10

Na publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP, Congonhal é citado como distrito de Bom jesus dos Mártires de Pouso Alegre. 
O município de Pouso Alegre, cuja superfície é de 68 léguas quadradas, fica situado no vale do Sapucaí Grande. Compreende os cinco distritos de Bom Jesus dos Mártires de Pouso Alegre (cidade), São José de Congonhal, Nossa Senhora da Conceição da Aparecida da Estiva, Nossa Senhora do Carmo da Borda da Mata e Sant'Ana do Sapucaí. A sua população total vai a mais de 40.000 habitantes.

São José de Congonhal - Distrito
Foto 02 - São José de
Congonhal, primeira Igreja 1911.
Em 1900, a então Vila de Congonhal contava 2400 habitantes, que liderados pelo Coronel Evaristo Valdetaro e Silva, buscaram sua emancipação política e administrativa.
O topônimo inicial foi São José do Congonhal, invocação do Padroeiro e abundância de uma planta nativa - congonha - existente na região até 1938. Simplificado para Congonhal, embora conhecido como Vila do Congonhal, ficou definido como Congonhal, em 1953.
Distrito criado por Lei Provincial nº 2650, de 4 de novembro de 1880 e por Lei Estadual nº 2 de 14 de setembro de 1891. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, figura no Município de Pouso Alegre o Distrito de Congonhal.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, no quadro fixado pela Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923 e na divisão administrativa referente ao ano de 1933, figura no Município de Pouso Alegre o Distrito de S. José do Congonhal - assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31­XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-Lei Estadual nº 88, de 30 de março de 1938.
Pelo Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, o Distrito de S. José do Congonhal passou a denominar-se Congonhal.
Em 1939-1943, o Distrito de Congonhal figura igualmente no Município de Pouso Alegre - assim permanecendo no quadro fixado pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, para vigorar no quinquênio 1944-1948, bem como no fixado pela Lei nº 336, de 27-XII -1948 para 1949-1953.
Elevado à categoria de Município, pela Lei nº 1039, de 12-XII-1953 que fixou o quadro para 1954-1958, composto dos Distritos de Congonhal e Senador José Bento, comarca de Pouso Alegre.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.

quarta-feira, 13 de maio de 1970

Bom Jesus dos Mátrires de Pouso Alegre - 1918.

O município de Pouso Alegre, cuja superfície é de 68 léguas quadradas, fica situado no vale do Sapucaí Grande. Compreende os cinco distritos de Bom Jesus dos Mártires de Pouso Alegre (cidade), São José de Congonhal, Nossa Senhora da Conceição da Aparecida da Estiva, Nossa Senhora do Carmo da Borda da Mata e Sant'Ana do Sapucaí. A sua população total vai a mais de 40.000 habitantes.
Bom Jesus dos Mártires de Pouso Alegre - Sede
Foto 01 - Bom Jesus dos Mátrires de
Pouso Alegre, Avenida Dr. Lisboa 1918.
Pouso Alegre, sede do município, foi feita vila em 3 de outubro de 1831 e elevada a cidade em 1848. Tem 6.000 habitantes e é iluminada à luz elétrica, serviço esse feito pela Empresa Força e Luz de Pouso Alegre. A 814 metros de altitude, goza de um clima excelente. Tem as suas ruas principais bem calçadas e conta edifícios importantes, tais como o Colégio da Visitação, equiparado ás Escolas Normais do Estado; o Ginásio Diocesano, com uma freqüência de 220 alunos; a Catedral, de proporções consideráveis; o Teatro Municipal, o melhor do Sul do estado; o Palácio Episcopal e outros.
O comércio é regular e a indústria compreende fábricas de licores e de cerveja, duas tipografias etc. Há na cidade serviço telefônico. Pouso Alegre é sede do bispado do mesmo nome e sede de uma comarca de 1ª entrância.
Coronel Octavio Meyer - O coronel Octavio Meyer, presidente da Câmara Municipal de Pouso Alegre, nasceu nessa cidade em 1870. Ocupou-se com o comércio de 1884 a 1911, no em que, comprando uma fazenda, se dedicou à criação de gado e à cultura de cereais. Foi eleito presidente da Câmara em 1904.

quinta-feira, 7 de maio de 1970

Congonhal 1917 - São José do Congonhal

São José do Congonhal está situado em uma linda planície banhada pelo majestoso Cervo, distando apenas 15 quilômetros de Pouso Alegre na estrada que vai dessa cidade a de Caldas e a outras localidades. É um distrito rico pela sua policultura e graças mão dadivosa da Providencia, as terras urberinas produzem café, cana de açúcar, algodão, mandioca, fumo e cereais em abundância, tem ricas pastagens onde se criam enormes manadas de gado vaccum, cavalar, muar, lanígero e suíno, de exportação facílima.
O distrito que ainda não tem 40 anos, já possui uma população não inferior a 10 mil habitantes, e sua sede tem 150 casas e praça, 8 ruas largas e bem alinhadas, vários becos e travessas. O seu orago é São José.
Tem uma matriz de construção moderna, bem cuidado cemitério, atestando o sentimento religioso do povo, uma igreja da qual é vigário o virtuoso sacerdote padre Martinho Maistegue, de nacionalidade espanhola. Em frente à igreja, vê-se um bonito cruzeiro símbolo de Redenção, levantado padres missionários.
Possuímos escolas públicas estaduais funcionando em prédios próprios, com frequência mais que regular e uma mantida pelo distrito, num de seus populosos bairros; duas farmácias, uma padaria, várias casas de fazenda com armarinhos e muitas de secos e molhados, uma fábrica de laticínios, maquinas de beneficiar arroz, diversas rodas de mandiocas, muitos capitalistas e fazendeiros importantes.
Está ligado a sede, que é a culta e adiantada Pouso Alegre, por unta linha telefônica e por uma magnifica estrada de rodagem; em breve terá uma linha de automóveis, também ligando o distrito a sede e a outros municípios. Possui boa agua potável, mas insuficiente para o abastecimento da população; entretanto, o inteligente vereador distrital não descuidará desse magno melhoramento.
Foram benfeitores deste lugar o comendador José Ferreira de Mattos, que deu o terreno necessário edificação da igreja e patrimônio da e o capitão Francisco José Ferraz que por sua morte, deixou elevada quantia para as obras da igreja.
O distrito é dirigido por um diretório político, chefiado pelo senador Eduardo do Amaral, de quem o distrito muito espera ainda. Limita com os municípios de Silvanópolis, Caldas, Ouro Fino e Pouso Alegre, de que é parte integrante.
Íamos deixando de mencionar a agência postal, que tem um movimento animador, graças ao seu agente, cuja dedicação para a boa ordem, é notória. Oxalá que o governo de nossa formosa Minas, por um gesto de benemerência que é peculiar, ordenasse a sub administração dos Correios para, em lugar do estafeta fazer duas viagens por semana, faça três, e assim não prejudicará o comércio e nem as correspondências tardarão a chegar aos destinos.
Esperamos certos de o presidente do Estado, Sr. Delphim Moreira nos fará antes de deixar a presidência, mais esse importante, quanto útil melhoramento.

Referência: Jornal “O PAIZ (RJ) - 1910 a 1919“, ANO XXXI – Número 10.642. Rio de Janeiro, Sábado 10 de outubro de 1917. << http://memoria.bn.br/DocReader/178691_04/16791 >>.

domingo, 3 de maio de 1970

Distrito de São José do Congonhal - 1913

Distrito do Congonhal - Distante 18 quilômetros, a sede (Pouso Alegre), Congonhal é um arraial pequeno, com 150 casas e localizado em um planalto de onde se descortina belo e vasto horizonte.
Tem 19 casas comerciais, escola primaria, farmácia e água encanada. É banhado pelo rio Cervo e confina com os municípios de Caldas e Silvanópolis.
O distrito é muito rico, tendo muito desenvolvida sua indústria pastoril, havendo ali também 16 engenhos de cana, um de café, um de serra, 19 fabricas de polvilho e 104 pequenas propriedades agrícolas.
Entre suas principais fazendas contam-se as seguintes:
Fazenda da Grota Rica - De propriedade de José Francisco Mariano da Silva, tem uma área total de 400 alqueires, 250 dos quais em matas e culturas e 150 em pastos. Produz 300 carros de milho, 300 alqueires de feijão e 200 de arroz, empregando arados reversíveis nas suas culturas. Cultiva café, cana e mandioca em grande escala, sendo a produção de aguardente de 4.000 barris e a de polvilho de 100 alqueires. Possui engenho de cana e de mandioca, movidos a agua. Dista 12 quilômetros de Congonhal o tem boa criação de gados vaccum e suíno em número de 1.200 cabeças.
Fazenda do Serro - Dista 12 quilômetros de Congonhal e tem a área total de 500 alqueires. Cultiva cana e cereais em grande escala. Possui engenhos de cana e serra. Sua produção de aguardente é de 400 barris. A criação de gado da fazenda consta de 200 cabeças da espécie vaccum, 200 da suína e 30 da cavalar.
Fazenda das Almas - Com uma área total de 200 alqueires, em culturas, matas e pastos, cultiva cereais apenas para o custeio e cria exclusivamente gado suíno, cujo número de cabeças atinge a 300. Dista 18 quilômetros de Congonhal.

Referência: Jornal “O PAIZ (RJ) - 1910 a 1919“, ANO XXVIII – Número 10.442. Rio de Janeiro, Sábado 10 de maio de 1913. << http://memoria.bn.br/DocReader/178691_04/16791 >>.

sábado, 2 de maio de 1970

Personagens da história de Congonhal (MG) - Mendes de Oliveira

Mendes de Oliveira, nasceu em 1882, em Congonhal. Filho do Sr. Frederico Mendes de Oliveira e D. Anna Custódia Rodrigues de Oliveira. Era jornalista e poeta Parnasiano, autor de obras como : Jogos Floraes e Prélios. Como tantos outros poetas no Brasil, o jornalismo lhe tirou da função literária, dedicando então somente ao jornal, tornando esta sua principal atividade. Ainda jovem , dirigiu em Belo Horizonte , alguns jornais como: O Verbo, A Gazeta, Vida Mineira e o Diário Mineiro. Faleceu aos 36 anos vitimado pela gripe espanhola, uma pandemia que assolava a população belorizontina, em 29 de outubro de 1918. 
A sua memória tornou-se eternizada pelos mineiros e na pedra que Belo Horizonte lhe escupiu colocando-lhe o busto , á Avenida Augusto de Lima , entre a Rua da Bahia e Avenida Alvares Cabral com esta legenda: 
AO POETA MENDES DE OLIVEIRA
A Cidade de Belo Horizonte, seus amigos e admiradores - 1943
MENDES DE OLIVEIRA
Fidalgo poeta e altivo literato,
Desde os tempos saudosos de Ouro Preto.
Prende na trama de ouro de um soneto
As graças rodas da divina Erato
É o jornalista prático e sensato,
A contrastar com menestral faceto,
Que transpôs os jardins de Capuleto,
Ágil, sutil, lascivo como o gato.
Belo poeta e fisico bonito,
Se não fosse tão fino e tão astuto,
Nas chamas do Himeneus estava frito.
O mar rubro do amor, a pé enxuto,
Ei-lo passando, a erguer para o infinito.
A coluna de fumo de um charuto...

terça-feira, 3 de março de 1970

Crimes na Paróquia de São José do Congonhal - 1893

Em publicação no Diário Official de Minas Geraes ano de 1893: Orgão Official dos Poderes do Estado (MG) - temos os relato dos primeiros crimes no Distrito de São José do Congonhal.
Para entende o que ocorreu busquei o Código Penal da época para entender por que Antônio Joaquim de Souza e Vicente Ferreira do Nascimento foram presos.

 Reportagem 01 - Diário Official de
Minas Geraes ano de 1893.
"DECRETO Nº 847, DE 11 DE OUTUBRO DE 1890 - Promulga o Codigo Penal. O Generalissimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisorio da Republica dos Estados Unidos do Brazil, constituido pelo Exercito e Armada, em nome da Nação, tendo ouvido o Ministro dos Negocios da Justiça, e reconhecendo a urgente necessidade de reformar o regime penal, decreta o seguinte: CODIGO PENAL DOS ESTADOS UNIDOS DO BRAZIL. 

LIVRO I - DOS CRIMES E DAS PENAS - TITULO I - Da applicação e dos effeitos da lei penal
Art. 1º Ninguém poderá ser punido por facto que não tenha sido anteriormente qualificado crime, e nem com penas que não estejam previamente estabelecidas. A interpretação extensiva por analogia ou paridade não é admissivel para qualificar crimes, ou applicar-lhes penas.

Reportagem 01 - Diário Official de
Minas Geraes - Setembro de 1893.
DOS CRIMES E DOS CRIMINOSOS
Art. 34. Para que o crime seja justificado no caso do § 2º do mesmo artigo, deverão intervir conjunctamente, em favor do delinquente, os seguintes requisitos: 1º aggressão actual; 2º impossibilidade de prevenir ou obstar a acção, ou de invocar e receber soccorro da autoridade publica; 3º emprego de meios adequados para evitar o mal e em proporção da aggressão; 4º ausencia de provocação que occasionasse a aggressão.

DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
Art. 193. Nas mesmas penas incorrerá o empregado do Correio que se apoderar de carta não fechada, ou abril-a, si fechada, para conhecer-lhe o conteúdo, ou communical-o a alguem, e bem assim o do telegrapho que, para fim identico, violar telegramma, ou propagar a communicação nelle contida. Paragrapho unico. Si os empregados supprimirem ou extraviarem a correspondencia, ou não a entregarem ou communicarem ao destinatario: Penas - de prisão cellular por um a seis mezes e perda do emprego.

DAS LESÕES CORPORAES
Art. 304. Si da lesão corporal resultar mutilação ou amputação, deformidade ou privação permanente do uso de um orgão ou membro, ou qualquer enfermidade incuravel e que prive para sempre o offendido de poder exercer o seu trabalho: Pena - de prisão cellular por dous a seis annos. Paragrapho unico. Si produzir incommodo de saude que inhabilite o paciente do serviço activo por mais de 30 dias: Pena - de prisão cellular por um a quatro annos.

O FABRICO E USO DE ARMAS
Art. 377. Usar de armas offensivas sem licença da autoridade policial: Pena - de prisão cellular por 15 a 60 dias. Paragrapho unico. São isentos de pena: 1º, os agentes da autoridade publica, em diligencia ou serviço; 2º, os officiaes e praças do Exercito, da Armada e da Guarda Nacional, na conformidade dos seus regulamentos."

domingo, 1 de março de 1970

Festividades na Paróquia de São José do Congonhal - 1891

Em publicação no jornal "O Pouso-Alegrense" ano de 1891, temos os relato dos preparativos para Festividades de São Jose no Distrito de São José do Congonhal.
Festa esta preparada por João Camillo Rodrigues e e Joaquim Hermenegildo Pereira.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 1970

Primeira Botica na Paróquia de São José do Congonhal - 1886.

Botica era como chamava-se farmácia antigamente. O boticário ou apotecário foi por muito tempo e é até hoje, a única opção de medicina para vilarejos inteiros, longe dos grandes centros, isto não era diferente em 1886 na Paróquia de São José do Congonhal, onde o então comerciante Evaristo Valdetaro e Silva abriu sua Botica. Produtos com fins terapêuticos podiam ser comprados nas boticas. Geralmente, o boticário manipulava e produzia o medicamento na frente do paciente, de acordo com a farmacopéia e a prescrição médica. Neste período, a medicina e a farmácia eram uma só profissão.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 1970

Freguesia de São José do Congonhal 1884

Nos últimos 10 anos foram construídos cerca de 50 casa, subindo hoje, aproximadamente, a 80 o número delas.
Almanach Sul-Mineiro - Segunda Edição para 1884
Pela lei número 2242 de 26 de junho de 1876, ficou criado o distrito de paz em São José do Congonhal, cabendo á câmara municipal a marcação das divisas, e pela Lei número 2650 de 4 de Novembro de 1880, foi o distrito elevado á categoria de paróquia.
Não há no lugar, quem possui grande patrimônio, suas ruas são alinhadas e com a largura de 50 palmos, há um só chafariz, mas há água em abundância, sendo fácil levá-la a todas as casas.
Só há uma escola pública para o sexo masculino, tendo a frequência de 20 alunos. Para o sexo feminino ainda não foi criada aula, o que constitui uma falta digna de ser sem demora reparada.
O cemitério é fechado com muro de taipa e está em boas condições de conservação.
É bom e laborioso o povo do lugar, que não é indiferente á qualquer melhoramento que se queira fazer na freguesia, que muito deve á dedicação e esforços dos cidadãos Joaquim Ferreira de Mattos, Francisco de Assis Coutinho e toda sua digna e numerosa família, e ao respeitável Comendador José Ferreira de Mattos.
O clima do lugar goza de boa reputação, contando-se na freguesia 8 ou 10 morféticos.
Dissemos em 1874 que tudo nos fazia crer que o Congonhal continuaria a progredir e que seria em breve uma florescente freguesia. Os fatos vieram provar que não nos iludimos, pois hoje é real esse progresso que vai em aumento, assim como a população da localidade, que pertence á comarca eclesiástica de Pouse Alegre.
A freguesia, que nada tem recebido dos cofres públicos, tem 4 léguas de extensão de Norte a Sul e 5 de Leste a Oeste. É montanhosa e coberta de matas a maior parte do terreno, em que cai bastante geada.
Ainda se encontra alguma madeira de lei, vendendo-se a, dúzia de táboas de pinho e peroba a 14$ e de cedro a 24$000.
A cana é a cultura mais usada, havendo em começo uma plantação de café, que já excede a 20000 pés. Cultiva-se também o fumo e grande abundância de cereais. Faz-se exportação de muitos porcos e algum gado para a corte, fabricando-se alguma cera para o consumo do lugar.
Existe na povoado uma modesta fábrica de chapéus, pertencente ao cidadão Joaquim Antonio Martins, que exporta para diversos pontos o produto do seu estabelecimento.
Os trabalhadores de roça têm a diária de 800 réis e 1$ e os pedreiros e carpinteiros a de I$500 e 2$5000.
A importação anual é de cerca de 40:000$, pagando-se pelo transporte de cargas de Pindamonhangaba (estação mais próxima, até aqui, 1$100 por arroba.
Mata-se 1 e 2 rezes por semana, vendendo-se a carne com osso a 4$ a arroba. Um carneiro custa 3 e 4$, 1 frango 200 a 320 réis, uma dúzia de ovos 120 réis, 1 garrafa de leite 80 réis, 1 saca de sal·4$ e 5$, 1 arroba de açúcar branco 8$, 1 carro de lenha 2$, de pedra 1$300 a 1$500, l alqueire de cal, de Lavras, 3$500, 1 arroba de ferro 6$; sendo o aluguel das casas de 4$ a 8$ mensais.
O estafeta que de Pouso Alegre vai a Caldas toca de 6 em 6 dias nesta freguesia, onde há uma agência de correio.
A leste da povoação, e a 5 léguas, está Sant'Anna do Sapucahy, passando-se a 2 léguas o rio cervo e a serra de Sant'Anna a 3 léguas; á Sudeste, e a 2 1/2 léguas, Pouso Alegre, sede do termo; ao Sul e a 3 l/2 léguas, Borda da Matta, passando-se a 1/4 de légua o ribeirão São José e o Mandú a 3 léguas; ao Oeste e a 8 léguas, Santa Rita de Cássia de Caldas, passando-se o Cervo quase no Congonhal, o riacho São Bento a 7 1/2 léguas e o rio Claro na povoação de Santa Rita.

Principais atividades exercidas pela população da freguesia de São José do Congonhal no ano de 1884.
Municipalidade: José Caixeta de Guimarães, Fiscal.
Justiça: Comendador José Ferreira de Mattos, 1° Juiz de Paz. Major João Bazilio da Costa Pinto, 2° dito. Joaquim Ferreira de Mattos, 3° dito. Alferes Joaquim Rodrigues Barreiro, 4° dito. Tristão Franco de Godoy Leite, Escrivão. Firmino de Paula Machado, Oficial de justiça. João Moreira Bessa, Oficial de justiça.
Policia: Antonio Caetano de Oliveira, Sub-Tenente. Amador José de Gouveia, 1° Suplente. José Mariano da Silva, 2° dito. Alfredo Mariano de Barros, 3° dito. Tristão Franco de Godoy Leite, Escrivão.
Correio: Capitão Antonio Francisco da Costa. Agente.
Instrução Publica: Marjor João Bazilio da Costa Pinto, Delegado. Tristão Franco de Godoy Leite, Professor.
Matriz: Padre Candido Cypriano da Rocha Conto, Padre, Vigário. José Caixeta Guimarães, Sacristão.
Negociantes e Profissionais
Açougues: Antonio Caetano de Oliveira. Silvério Coutinho Pereira.
Alfaiate: José Candido de Andrade.
Capitalistas: Vigário Candido Cypriano da Rocha Conto. Major João Bazilio da Costa Pinto. Joaquim Dias de Oliveira. Joaquim Hermenegildo Pereira. José Pedro de Oliveira.
Chapéus, Fabricante de:  Joaquim Antonio Martins.
Fazendas, etc. Negociantes de: Antonio Francisco da Costa. Frederico Mendes de Oliveira. Manoel Vieira Bettencourt & Irmão.
Fazendeiros: Com engenho de serrar. Frederico Mendes de Oliveira. José Bernardino Franco. Comendador José Ferreira de Mattos.
Fazendeiros: Com engenho de tração animal: Benedicto de Paula Pereira. Major João Bazilio da Costa Pinto; João Camillo Rodrigues. Joaquim Dias de Oliveira. Joaquim Ferreira dos Santos. Joaquim Hermenegildo Pereira. Joaquim José Ribeiro; Comendador José Ferreira de Mattos. José Florencio Coutinho. José Francisco Mariano da Silva. José Mariano da Si1va. José Mariano da Silva Primo. Luciano Manoel Coimbra. Mariano Luiz Ferreira. Miguel da Costa Lima. Mizael da Costa Lima. Pedro Vaz de Lima. Polydoro Alves da Fraga. Silvestre Ribeiro da Costa.
Ferradores: José Moreira Bessa. Manoel Luiz Lemes.
Ferreiros: Antonio Alves Ferreira. Antonio Luiz Lemes. Manoel Luiz Lemes. Quintino Alves Ferreira.
Fogueteiro: João Camillo Rodrigues.
Molhados, etc. Negociantes de: Jordão de Barros Cobra. José Joaquim Ferreira de Mattos. José Joaquim de Souza. José Luiz da Fraga. José Mariano da Silva Primo. Manoel Vieira. Bettencourt & Irmão. Rosaria Maria da Conceição, D.
Olarias: Antonio Ferreira dos Santos. Antonio de Paula Pereira. Benedicto de Paula Pereira. Conrado Ferreira de Mattos. Francisco Ferreira dos Santos. João Bicudo de Siqueira. João Camillo Rodrigues. João Marques de Andrade. Joaquim Paulo da Silva. Manoel Joaquim Pereira.
Rancheiro: Jordão de Barros Cobra.
Sapateiros: Adrião Pereira do Lago. Firmino de Paula Machado.
Selleiros:  Firmino de Paula Machado. José Moreira Bessa.
Tropeiros: Estevão Vaz de Lima. João Vaz de Lima. Joaquim Rodrigues Lydi. José Luiz da Fraga. Luciano Manoel Coimbra. Manoel Gomes de Lima. Polycarpo Gomes de Lima.
Velas de cera, Fabricantes de: Candido Coutinho de Gouveia. Manoel José Machado.

Referência: VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro - Segunda Edição para 1884 - <<http://memoria.bn.br/DocReader/213462/848>>.

sexta-feira, 30 de janeiro de 1970

Joaquim José de Sant'Anna

Joaquim José de Sant'Anna (1800 — 1879) foi um político brasileiro.
Foi nomeado 2º vice-presidente da província de Minas Gerais, por carta imperial de 26 de fevereiro de 1866, tendo assumido a presidência interinamente por cinco vezes, de 24 de março de 1866 a 1868, de 1878 a 5 de janeiro de 1879, de 26 de dezembro de 1879 a 22 de janeiro de 1880, de 12 de dezembro de 1881 a julho de 1882, e de 31 de março de 1882 a 7 de março de 1883.

Paróquia de São José do Congonhal 1880

Lei que eleva á Paróquia o distrito de São José do Congonhal 1880

LEI N. 2650 DE 4 DE NOVENBRO DE 1880.
Transfere o termo de Pouso Alto para o da Cristina a freguesia da Virginia; eleva á  categoria de paróquia o distrito de São José do Congonhal, e denomina freguesia de São Sebastião da Capituba.
O Cônego Joaquim José de Sant'Anna, Comendador da Ordem de Cristo e Vice-Presidente da Província de Minas Gerais: Faço saber á todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial decretou, e eu sancionei a Lei seguinte:
Art. 1. Fica transferido do termo de Pouso Alto, para o da Cristina a Freguesia da  Virginia, revogada assim a Lei n. 2527 de 1879.
§ l. O distrito de São José do  Congonhal, do município de Pouso Alegre, fica elevado á categoria de paróquia com as mesmas divisas,
§ 2. Denominar-se a freguesia do São Sebastião da Pedra Branca a de São Sebastião do Capituba, do município  da Cristina.
Art. 2.° Ficam revogadas as disposições em contrário.
           Mando, portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução de referida Lei pertencer que a cumpram e façam cumprir ,tão inteiramente como nela se contém. O secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palácio da Presidência da Província de Minas Gerais aos quatro dias do mês de novembro do Ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta, qüinquagésimo nono da Independência e do Império.
                                                                        JOAQUIM JOSÉ DE SANT'ANNA.
            Para Vossa Excelência ver,
                                                            Ezequiel Augusto Nunes Bandeira a fez.
            Selada e publicada nesta secretaria aos 12 de Novembro de  1880.
Camillo Augusto Maria de Britto.

terça-feira, 6 de janeiro de 1970

Barão da Vila da Barra

Francisco Bonifácio de Abreu, o barão da Vila da Barra, (Barra, 29 de novembro de 1819 — Rio de Janeiro, 30 de julho de 1887) foi um médico, parlamentar e poeta brasileiro.
Filho de filho de Francisco Bonifácio de Abreu e de Joana Francisca da Mota e formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, era coronel cirurgião honorário do Exército, por causa de seus serviços prestados durante a Guerra do Paraguai.
Foi deputado geral pela província da Bahia nas 14ª,15ª,16ª,17ª,18ª,19ª e 20ª legislaturas. Foi presidente das províncias do Pará em 1872,e de Minas Gerais em 1876.
Com a lei 2242 assinada pelo Barão da Vila da Barra em 26 de junho de 1876 cria o distrito de paz na povoação do São José de Congonhal.
Agraciado grande dignitário da Imperial Ordem da Rosa, comendador da Imperial Ordem de Cristo, foi agraciado barão em 15 de novembro de 1876. Traduziu para o português a Divina Comédia de Dante. Era sócio do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia.
FONTE BIBLIOGRÁFICA: Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil – Disponível em http://www.dichistoria.saude.coc.fiocruz.br. 

Distrito de Paz de São José de Congonhal em 1876

LEI N. 2242-DE 26 DE JUNHO DE 1876.
        Que transfere diversas fazendas de umas para outras freguesias, e cria um distrito de paz na povoação do São José de Congonhal, termo de Pouso Alegre.

       O Barão da Villa da Barra, do Conselho de Sua Majestade O Imperador, Grande Dignitário da Imperial Ordem da Rosa, Comendador Ordem de Christo, e presidente da província de Minas Geraes: Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial decretou e eu sancionei a Lei seguinte:

     Artigo 1. Ficam anexadas a freguesia e termo do Pomba, desmembradas da freguesia de São José do Paraopeba, do termo de Ubá as seguintes fazendas: do Monte Verde, Serra da Bernardina, com exceção do território denominado Beija-Flor, a da Cabeceira do Paraopeba, que pertenceu a Antonio Rodrigues Gomes e a que abrange território da fazenda do finado Francisco Ferreira Barboza: á freguesia dos Serranos do termo da Ayuruoca, desmembrada da de São Vicente Ferrer, termo  do Turvo a fazenda denominada Tabuões: á freguesia do Caxambu, desmembrada da de Pouso Alto a fazenda Boa Vista pertencente ao capitão Manoel de Souza Pinto com as seguintes divisas: limitará ao norte com terras de José Clementino de Carvalho, ao sul com as de Henrique José Nogueira ao sudoeste com as de Joaquim Isaú dos Santos, e a leste com a freguesia de Baependy, ficando do assim alteradas as divisas entre Caxambu e Pouso Alto: á freguesia da São João Nepomuceno desmembrada do Carmo da Cachoeira, ambas do município de Lavras, a fazenda de Manoel Antonio dos Reis: á freguesia da cidade da Oliveira, desmembrada da de Santo Antonio do Amparo, a fazenda do capitão Carlos Ribeiro da Silva Castro: á freguesia de São Miguel do Piracicaba, do termo do Santa Bárbara desmembrada da do Inficionado, termo de Mariana, a fazenda do Turvo de Antonio Joaquim Bittencourt; á freguesia da Vila do Pará, desmembrada da do Onça do termo de Pitanguy a fazenda Olaria de José Candido Moreira; ao termo de São João d'El-Rey, desmembrados do de São José d'El-Rey, na parte civil somente, os territórios Vargem do Porto e Córrego situados á margem do Rio das Mortes. 
       Artigo 2. Fica criado um distrito de paz na povoação de São José do Congonhal do termo de Pouso Alegre, cujas divisas serão marcadas pela respectiva câmara municipal.
        Artigo 3. Revogam-se as disposições em contrário.
      Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr. Dada no Palácio da Presidência da Província de Minas Geraes aos vinte e seis dias do mês de Junho do ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e setenta e seis, qüinquagésimo quinto da Independência e do Império.
            (L. S.)                                                 BARÃO DA VILA DA BARRA.
            Para Vossa Excelência ver,
                                                            Anacleto Queíroga Martins Pereira a fez.
            Selada e publicada nesta secretaria aos 26 de junho de  1876.
José da Costa Carvalho.

domingo, 4 de janeiro de 1970

Personagens da história de Congonhal (MG) - Comendador José Ferreira de Matos

Foto 01 - Comendador José Bento
Conrrado Ferreira de Matos
O Comendador José Ferreira de Matos foi o quinto filho do casal  João Ferreira de Matos e de Ana Maria da Conceição. Casou com Maria Benta da Anunciação com que teve o único filho José Bento Ferreira de Matos nascido em Congonhal - MG. Seus avós maternos Francisco de Paula e Maria Joana Ferreira e paternos Eugênio Ferreira de Matos e Bárbara Maria de Jesus.
Foi eleito vereador na cidade de Pouso Alegre - MG para o quadriênio 1887 a 1880 com 417 votos em sétimo lugar conforme Ata de 16 de Outubro de 1877 (Livro de Atas, folha 3 versos 3 e 4 de janeiro de 1877 a dezembro de 1877). Mas foi à Congonhal que dedicou todo o seu carinho e orgulho, viria a falecer na sua fazenda no bairro Grota Rica no dia primeiro de maio de 1884. Tornou-se num benemérito por excelência e as várias ações e doações efetuadas comprovam isso: Doação de área de 25 alqueires para patrimônio da capela que deveria ser construída  em honra á São José. A autorização foi dada pelo bispo de São Paulo no ano de 1869, sendo que em 1881 foi Canonicamente intituída á Paróquia, tendo seu primeiro vigário o padre Bernardo Cardoso de Araújo.
Ficou registado em documentos da Cúria Metropolitana de Pouso Alegre, datada do século 17 que o Comendador José Ferreira de Matos, ele próprio, dirigiu pessoalmente o alinhamento das ruas no tempo de formação do povoado de São José de Congonhal, para tanto contratou um alinhador, o senhor José Antônio Guimarães.
Na página 11v, linha 24 do livro do Óbitos numero 01 do Cemitério Paroquial de Congonhal, foi registrado o falecimento do Comendador José Ferreira de Mattos, doador das terras para criação do município de Congonhal. “ Aos dois de maio de mil oitocentos e oitenta e quatro nesta Freguesia faleceu de inflamação dos intestinos o Comendador José Ferreira de Mattos idade de setenta e cinco anos casado que foi com Maria Benta da Annunciação foi solenemente encomendado e sepultado no cemitério neste freguesia que para constar fiz este termo que assino Vigário Cândido Cipriano da Rocha”.
Foi intermediário na abetura da estrada de Pouso Alegre á Caldas. Um homem de personalidade impar, da qual os Congonhalenses se orgulham e que permanece como referência para a presente e futuras gerações.
Fonte: Museu Tuany Toledo - Câmara municipal de Pouso Alegre