A região passou a ser ocupada entre 1711 e 1715, por um grupo formado por bandeirantes liderado por Fernão Dias Paes Leme, que tinha a finalidade de auxiliar Borba Gato. Em uma serra com abundância do arbusto medicinal congonhas, próxima de um local conhecido como Serra da Lapa, foi encontrado ouro. Por isso, o primeiro topônimo foi chamado de Congonhas de Cima da Serra da Lapa.
Sabe-se que existiu no antigo arraial uma primeira capela, e devido ao seu estado precário, motivou, em 1722, o visitante padre Antônio da Silva Prado a alertar os moradores para reedificar este templo ou construir um novo.
Algumas histórias populares contam, não existindo registro documental, apesar do Livro de Tombo da Paróquia constatar que irmãs José Velho Barreto do Rego, que Dom Pedro teve duas filhas bastardas, Maria e Eufêmia. Ele doou para elas uma sesmaria de terras na região chamada Lagoa, nas imediações do então arraial.
Um escravo de Maria e Eufêmia, chamado Lucas, encontrou nas terras da sesmaria um veeiro de ouro. Diz-se que a Igreja Matriz de Santana foi construída por elas, ornada com pinturas parietais e tetos pintados e uma rica talha barroca executada entre 1722 e 1748, atualmente possui tombamento estadual.
Em 1821, a então Capela de Santana das Congonhas incluía-se entre as filiais da matriz de Conceição do Mato Dentro, tendo como capelão o padre Vicente Pinheiro Dornelas
Em 04 de julho de 1857, o então povoado de Congonhas do Norte foi elevado a distrito, desmembrando-se do Distrito de São Francisco de Assis de Paraúnas, e passou a fazer parte do município de Conceição do Mato Dentro, pela Lei nº. 818.
Com o crescimento do distrito, surgiu uma vontade popular de emancipação e em 30 de dezembro de 1962, pela Lei nº 2764, sancionada pelo Governador da época, José de Magalhães Pinto, Congonhas do Norte tornou-se município e cidade. O movimento de emancipação da cidade foi liderado pelo Sr. Ulisses Pereira de Moraes e o Sr. José Domingos.
Maior festa religiosa da cidade é a Festa de Santana, padroeira da cidade, Nossa Senhora de Santana, comemorada no dia 26 de julho e dura três dias. Acontece desfile de carro de bois, que conduzem a planta canela d’ema para as fogueiras que iluminam o levantamento do mastro. Vários são os espetáculos durante esta festividade como fogos de artifício, apresentação da banda de música “Lira Santana”. .
A Igreja Matriz de Santana é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG, de acordo com o Decreto Estadual nº 24.325, de 22 de março de 1985.
O mapa está disponível em: 1927_14_MG Município de Conceição .
© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024
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