O povoamento local começou quando a bandeira comandada por Oliveira Leitão descobriu ouro nas águas de uma pequena lagoa. Ao encontrarem ouro de aluvião na lagoa, os primeiros mineradores a chamaram de "Alagoa Dourada". Então, nasceu o povoado e as casas foram subindo a colina. Por volta de 1717, a região já estava bem povoada e o arraial foi se formando com a chegada de novos "oureiros".
Em 1734, Dom Frei Antônio de Guadalupe ergue, então, uma capela dedicada a Santo Antônio. Em 1750, o arraial é elevado a "Distrito da Paz". O coronel Antônio de Oliveira Leitão às suas custas, construiu um caminho novo que ligava São João del rei a Ouro Preto, passando pela então Alagoa Dourada, onde morava desde 1713.
Demolida a antiga capela, construída em 1734, iniciou-se a construção da Matriz em 13 de julho de 1850. Muitos anos paralisada a construção foi reiniciada em 20 de junho de 1899, tendo sido contratado o empreiteiro Augusto Buzatti, italiano e que mudou-se para cidade.
Em 1832, o nome original de Alagoa Dourada é alterado para Lagoa Dourada, uma referência à lagoa ali existente, muito rica em ouro. A antiga capela do Senhor do Bom Jesus foi destruída, em 1905, por vandalismo. A nova igreja, mal construída começou a ruir e novamente foi fechada. Só em 30 de maio de 1911 foi iniciada uma nova construção, feita também pelo empreiteiro Augusto Buzatti.
Após o esgotamento das jazidas auríferas, o arraial buscou alternativa na agricultura, principalmente, no milho e na produção do leite. Em 1892, o distrito passou a pertencer a Prados, e em 1911, foi finalmente emancipado.
Bem no centro de Lagoa Dourada, abaixo da histórica igreja do Bom Jesus e da Matriz de Santo Antônio está a Praça das Vertentes
A Praça das Vertentes foi idealizada para marcar uma particularidade da cidade e também um fenômeno único do Brasil: o divisor de águas de duas grandes bacias, dos rios São Francisco e Paraná, dentro de um perímetro urbano. Localiza-se no ponto da rua onde acontece essa divisão das águas. Assim, as águas que correm para o lado esquerdo da praça seguem para o Rio Paraopeba, que é afluente do Rio São Francisco e deságuam no nordeste do Brasil, na cidade de Piaçabuçu, localizada na divisa de Sergipe com Alagoas. Já as águas que correm para o lado direito seguem outro caminho: vão para o Rio Carandaí, que deságua no Rio das Mortes, em seguida no Rio Grande e depois no Rio Paraná e por fim vão ao encontro do oceano Atlântico, na Bacia do Prata, na divisa do Uruguai com a Argentina.
O mapa está disponível em: 1927_02_MG Município de Lagoa Dourada .
© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024
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