segunda-feira, 18 de fevereiro de 1980

18 – São José da Lagoa (Nova Era) - Região Central – Fundada em 1703

 No começo do século XVIII, bandeirantes seguiam pela região do atual município de Nova Era à procura de pedras e metais preciosos. Em 19 de março de 1703, foi fundado o Arraial de São José da Lagoa, por ocasião da passagem de Antônio Dias de Oliveira e dos irmãos Camargos, pelas margens até hoje muito auríferas do rio Piracicaba. O nome recebido pela localidade é uma referência ao padroeiro daquele dia, São José, tendo se estabelecido como um grande centro de mineração. O povoamento inicial é atribuído a João Correia da Silva, bisneto de Amador Bueno, o aclamado de São Paulo. Ao lado de sua esposa, Maria Pedroso de Morais, João Correia instalou uma fazenda à margem do Rio de Peixe, ainda nos primeiros anos do século XVIII.
A decadência da produção aurífera no estado mineiro, devido tanto à exaustação das minas quanto ao rigor fiscal, levou à substituição da atividade garimpeira pela agropecuária. Foram abertas várias fazendas ao redor do povoado, que por sua vez observou um crescimento do comércio e do artesanato. Em 1750, São José da Lagoa configurava-se como capela curada pertencente à Freguesia de Rio Piracicaba, depois de ter estado, eclesiasticamente subordinada a Caeté e, posteriormente, a Santa Bárbara. Em 1832, ainda sob a condição de capela curada, passou a pertencer à Freguesia de Antônio Dias, transformando-se em distrito subordinado a Itabira pela lei provincial nº 384, de 9 de outubro de 1848, dada a criação da paróquia.
Dado o desenvolvimento, o distrito é emancipado pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17 de dezembro de 1938, com a denominação de Presidente Vargas, passando a denominar-se Nova Era pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, mediante escolha feita pelo então governador Benedito Valadares.

A Igreja Matriz São José da Lagoa foi construída anterior ao ano 1754. Em 03 de setembro de 1754, Domingos Francisco Cruz, morador em uma área de mineração denominada “Passagem” (hoje Bairro Santa Maria), através de escritura pública lavrada no Cartório do arraial de Nossa Senhora da Conceição de Catas Altas (Diocese de Mariana), fez ao “Glorioso Patriarca São José” a doação de “uma roça cita na dita (freguesia São Miguel do Piracicaba) para patrimônio de sua Nova Capela”. Na escritura e em petição refere-se à capela como existente, “construída pelos moradores a quase um ano e nela se celebra o Santo Sacrifício da Missa em altar portátil e como esteja acabada necessita de se benzer.”
Em 1766 a construção da nova igreja foi iniciada, pois a capela existente não comportava mais a população local que havia aumentado muito. Recebeu sua primeira benção em 10 de novembro de 1768, realizada pelo Padre Antônio Pereira Moura Vasconcelos. Seu sino maior data de 1795.
A igreja construída no período colonial, em seu processo evolutivo foi ampliada e a sua capela-mor foi redecorada em estilo rococó, sendo um trabalho do final do século XVIII.
O processo evolutivo continuou até o início do século XX e, talvez, uma de suas últimas transformações tenha sido a escada em espiral, feita por um marceneiro da comunidade de “Pedra Furada”.     
A maior transformação realizada na parte física da construção ocorreu no momento de sua passagem de capela (quando a localidade ainda era Curato) para paróquia, em 1848. Em 11 de agosto de 1923 a energia elétrica chegou a  Matriz São José da Lagoa. Consta que em 1941, foram feitas obras de reconstrução e restauração, pois o edifício estava danificado e adulterado. 

O mapa está disponível em: 1927_14_MG Município de Itabira .

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024

domingo, 17 de fevereiro de 1980

17 – Nossa Senhora da Conceição das Catas Altas - Região Central – Fundada em 1703

 O bandeirante português Domingos Borges descobriu na falda oriental da Serra do Caraça ricas minas auríferas. A ele se deve também a fundação do arraial de Catas Altas em 1703, embora o paulista Manuel Dias, em 1703, também seja citado como descobridor.
No ano de 1716, já se encontrava na Freguesia Nossa Senhora da Conceição das Catas Altas o minerador e fazendeiro português Capitão Thomé Fernandes do Valle que minerou na Serra, e tinha sua fazenda onde construiu uma capela dedicada a Senhora Sant'Ana, e lavras de ouro na região da Valéria. Local que recebeu o nome de "Valéria" por causa de seu sobrenome Valle. Em 1718, o arraial foi elevado à freguesia, através de medidas da administração colonial, sendo a paróquia declarada de natureza coletiva. Seis anos mais tarde, foi nomeado o primeiro vigário de Catas Altas, então chamada de Catas Altas do Mato Dentro para diferenciar de Catas Altas da Noruega e porque era um termo que os bandeirantes usavam quando entravam mata a dentro (à medida que entravam mata a dentro, batizavam algumas localidades com o nome acompanhado de Mato Dentro). A construção da atual Igreja da Matriz teve início em 1729 e prolongou-se até por volta de 1780, encontrando-se inacabada na parte interna até os dias atuais, com obras atribuídas a Aleijadinho, Mestre Ataíde, Francisco Vieira Servas e outros.
O Santuário do Caraça, fundado pelo português Irmão Lourenço de Nossa Senhora Mãe dos Homens, que teve seu colégio iniciado em 1820 pelos Padres Lazaristas, funcionando por quase 150 anos, é referência para a cidade de Catas Altas por sua beleza natural e histórica.
Situada ao pé da Serra do Caraça, a apenas 120 quilômetros de Belo Horizonte, a aconchegante e turística cidade pertenceu ao ciclo do ouro. O primeiro registro de batismo encontrado, foi celebrado na antiga Matriz de Nossa Senhora de Conceição, em 1712. Nesta época já se delineava o aglomerado urbano que se formava ao redor da mineração. A exploração de ouro na Serra da Caraça, teve início em 1708.
Mais foi somente bem recentemente, em 21 de dezembro de 1995, que o então distrito de Catas Altas emancipou-se de Santa Bárbara.

O mapa está disponível em: 1927_13_MG Município de Santa Bárbara .

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024

sábado, 16 de fevereiro de 1980

16 – Santo Antônio de Curvelo - Região Central – Fundada em 1700

 Por volta de 1700, já à época da decadência da produção aurífera, o lugarejo que existia às margens do ribeirão Santo Antônio, que é um dos cursos de água que cortam o município de Curvelo, servia de pouso aos viajantes que utilizavam os rios São Francisco e Guaicuí em seu itinerário entre as capitanias da Bahia, de Pernambuco e de São Vicente.
Em 1714 a região do atual município de Curvelo, até então juridicamente vinculada à Capitania de Porto Seguro, que mais tarde seria incorporada pela capitania da Bahia, passa a subordinar-se à Comarca de Sabará, por sua vez pertencente à recém-criada capitania de São Paulo e Minas de Ouro.
Em 16 de março de 1720, poucos meses antes da criação da capitania de Minas Gerais, cria-se a freguesia com o nome de Santo Antônio da Estrada e o Padre Antônio de Ávila Curvelo, oriundo do que é hoje Matias Cardoso mas já residente no lugarejo, é seu primeiro vigário, daí o nome do município.
O arraial de Curvelo desmembrou-se de Sabará e tornou-se município autônomo por decreto da Regência de 13 de outubro de 1831, tendo por sede a vila homônima. Contudo, apenas em 30 de julho de 1832 instalou-se a Câmara de Vereadores, então pré-requisito para o exercício da emancipação político-administrativa, e apenas em 7 de dezembro do mesmo ano houve a ereção do pelourinho, símbolo da autonomia do poder municipal. Por fim, em 15 de novembro de 1875, a vila foi elevada à categoria de cidade por lei provincial assinada pelo presidente da província de Minas Gerais, o paulista Pedro Vicente de Azevedo.
Matriz de Santo Antônio – Benzida em 1877, tem como forte atração o Altar-Mor entalhado pelo mestre Chico Entalhador.

O mapa está disponível em: 1927_12_MG Município de Curvelo .

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024

sexta-feira, 15 de fevereiro de 1980

15 - Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe (Lima Duarte) - Zona da Mata – Fundado em 1694

 Até meados do século XVII, a região do atual município de Lima Duarte não passava de uma área de mata virgem, quando por volta do ano de 1692, apareceram os primeiros bandeirantes. Este grupo era liderado por padre João Faria Filho, então vigário de Taubaté, além de ter sido um dos pioneiros dos descobrimentos de Ouro Preto.
Padre João foi quem encontrou ouro no leito do Rio do Peixe. Desse descobrimento, Bento Corrêa De Souza Coutinho deu a notícia ao Governador Geral do Brasil na Bahia, Dom João de Lencastre, através de carta enviada a 29 de julho de 1694. A partir daí, iniciou-se o povoamento daquele lugar com a migração de colonizadores vindos dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além de portugueses.
Mesmo assim, durante anos a região permaneceu isolada, já que os proprietários das terras tinham objetivo de contrabandear ouro. No entanto, por volta da década de 1700, através de denúncias, Dom Rodrigo José de Menezes, então governador e capitão general de Minas Gerais, tomou conhecimento dessa situação e interditou todas as terras que lá situavam-se, redistribuindo-as aos mineradores, passando a cobrar impostos sobre o ouro extraído. Em 1740 foram construídas as primeiras povoações, às margem do Rio do Peixe. 
Sua primeira denominação foi Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe, e a origem deste nome se deve a Santa padroeira da primeira capelinha de Nossa Senhora das Dores e o fato de ser o município banhado pelo rio do Peixe.
Conta-se que, em 1781, corria o boato de que no rio do Peixe haviam-se descoberto faisqueiros de bom rendimento, fazendo-se extrativos pela Ibitipoca, apesar da proibição por parte do Governo. Foi apurada a veracidade dom fato, e tendo o próprio governador percorrido a área comentada, foi recebido no nascente arraial do Rio do Peixe com festividades, aproveitando os moradores para lhe pedirem terras de cultura. Reconhecendo a inutilidade das proibições feitas, resolveu o governador permitir se cultivassem aquelas matas e o arraial passou a crescer. 
Dado o desenvolvimento populacional demográfico daquela área, em 1839 a povoação foi elevada a Distrito de Paz e em 27 de junho de 1859 foi criada freguesia ao povoado do Rio do Peixe, por lei provincial nº. 991. 
Por empenho pessoal de João de Deus Duque e Francisco Delgado Mota a freguesia foi elevada à vila pela lei provincial nº. 2.804, de 3 de outubro de 1881, por desmembramento da vila de Barbacena. 
A Vila foi elevada à cidade em 1884, pela lei provincial nº. 3.629, de 30 de outubro, já com o nome de Lima Duarte, em homenagem a José Rodrigues de Lima Duarte, visconde, Ministro da Marinha, Conselheiro de Estado, deputado provincial e geral e senador do Império, importante líder político do Partido Liberal na região.

O mapa está disponível em: 1927_11_MG Município de Lima Duarte

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024

quinta-feira, 14 de fevereiro de 1980

14 – Santo Antônio de Itaverava – Região Central – Fundadas em 1694

A colonização de  Itaverava teve início no século XVII, sendo um dos primeiros arraiais auríferos da região. No verão de 1694, Manoel de Camargos, seu filho Sebastião de Camargos e alguns negros chegaram a Itaverava, descobrindo ouro na região. Logo depois, Manoel de Camargos é morto pelos índios e os sobreviventes retrocedem.
Depois disso, diversas bandeiras chegaram a região com o objetivo de encontrar mais minas. Após a formação do arraial de Itaverava, foi edificada a sua primeira igreja, dedicada a Santo Antônio de Lisboa, em 1726, que se transformou em matriz da localidade.
No século XVIII, quando ainda pertencia ao Termo de Vila Rica, era comum a grafia Itaberaba. Não há discrepâncias em relação a significação do topônimo: "pedra brilhante" ou "pedra reluzente" em língua tupi. O município foi criado em 1962, com território desmembrado de Conselheiro Lafaiete.

Igreja de Santo Antônio de Lisboa
- Uma capela cujo patrono era Santo Antônio de Lisboa. Os registros mais antigos de ofícios religiosos realizados nessa capela são de batismos ocorridos no ano de 1712.
Embora a freguesia de Santo Antonio de Itaverava tenha sido criada em 1726, a construção de uma igreja maior começou somente em 1744, impulsionada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento e de Nossa Senhora do Rosário. Porém, essa segunda igreja não durou muito, sendo necessária uma nova reconstrução, que dessa vez seria levada a cabo pelo padre Manuel Ribeiro Taborda – o primeiro vigário colado daquela matriz, e que habitou em um casarão que ainda existe do lado da igreja. Essa terceira edificação ocorreu a partir de 1768.
No interior dessa igreja, existe um grande e harmonioso conjunto decorativo, com alguns traços de barroco joanino e muitas características do rococó.

O mapa está disponível em: 1927_10_MG Município de Queluz

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024

quarta-feira, 13 de fevereiro de 1980

13 - Bom Retiro de Santa Luzia - Região central de Minas– Fundada em 1692

O município de Santa Luzia tem a sua fundação datada do final do século 17 (1692), quando o bandeirante José Correia de Miranda, sob a bandeira de Borba Gato, estabeleceu o primeiro núcleo populacional da região.

A história do município originou-se com aventureiros que em busca de riquezas, descobriram Santa Luzia. Tudo começou, em 1692, durante o ciclo do ouro. Uma expedição dos remanescentes da bandeira de Borba Gato implantou o primeiro núcleo da Vila, às margens do Rio das Velhas, no qual se fazia garimpo de ouro de aluvião. Em 1695 uma grande enchente do rio destruiu todo o povoado, localizado próximo ao atual bairro de Bicas, então o pequeno vilarejo mudou-se para o alto da colina, onde hoje, é o centro histórico da cidade. Em 1697, ergueu-se o definitivo povoado, que recebeu o nome de Bom Retiro. Em 1724 foi criada a Freguesia de Santa Luzia, subordinada a Sabará.

Nesse local, no topo da colina, edificou-se um rancho que acolhia numerosas tropas vindas de Sabará e outras localidades, pelas estradas que se cruzavam em forma de um "T" e que deram origem à rua do Serro, rua Direita e rua Santa Luzia. Porém, ao contrário da maioria das povoações mineiras da época, Santa Luzia cresceu e floresceu muito mais em função do comércio que da mineração. Faiscadores e tropeiros construíram uma capela, dedicada a Santa Luzia, em frente ao rancho, que foi mais tarde, inteiramente aproveitada para a capela-mor da matriz. A construção da capela, em lugar de movimento de tropas, serviu para desenvolver a atividade comercial no local, atraindo para lá pessoas que se encontravam dispersas pelas regiões vizinhas. O lugarejo foi crescendo perto da capela, a beira das estradas, convivendo, lado a lado, residências e casas comerciais.

A construção da Igreja Matriz de Santa Luzia veio da iniciativa do Sargento-mor Joaquim Pacheco Ribeiro, o que teria ocorrido em retribuição a uma graça alcançada. O militar de origem portuguesa estabeleceu-se na localidade com suas três filhas e deixou extensa descendência. O interior da igreja possui características de distintas fases do barroco mineiro. Sua fachada passou por intervenções no início do século XX quando foram retiradas as telhas coloniais do campanário e detalhes entalhados da, entre outras modificações. A última grande obra de restauração e conservação por que a construção passou ocorreu entre as décadas de 1980 e de 1990. Em 2006, a igreja teve reintegradas a seu acervo 3 imagens de anjos que estavam para ser leiloadas no Rio de Janeiro e que teriam sido vendidas por um zelador da igreja no fim da década de 1950.

O mapa está disponível em: 1927_13_MG Município de Santa Luzia.

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024 

terça-feira, 12 de fevereiro de 1980

12 - Congonhas do Campo – Região central de Minas– Fundada em 1691

Desde 1691 já há notícia de primeiros contatos entre bandeirantes e os povos indígenas carijós, na região denominada de Passagem do Gagé - Entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete. Uma das bandeiras sertanistas seguiu a bacia rumo ao Rio Doce e na região de Itaverava se tem o primeiro manifesto do ouro nas Minas Gerais. Outras seguiram rumo ao norte (bacia do Rio das Velhas), usando de referência a Serra do Deus te Livre (Serra de Ouro Branco), contornando-a, encontrando bastante ouro na região do Ribeirão do Carmo, surgindo assim a primeira vila mineira, Mariana, em 1696 e dezenas de arraiais ao longo desse trajeto. 
Outras bandeiras seguiram a bacia do Rio Paraopeba. Após a atual região da Passagem do Gagé, descendo os rios Soledade, Macaquinhos e Maranhão se tem as primeiras notícias de achados auríferos nas Congonhas do Campo, ainda no final do século XVII.
Entre 1707 a 1709 ocorreu o maior conflito gerado pela busca insaciável ao ouro, a Guerra dos Emboabas, que travou duelos e perseguições entre paulistas, forasteiros de outros estados (emboabas) e indígenas. Um dos marcos desse conflito são as ruínas da Cadeia, que serviu para aprisionar pessoas detidas durante o conflito. Ainda de pé no atual distrito do Alto Maranhão.
Em 1718 é concedida a sesmaria da criação do arraial do Redondo (Alto Maranhão), em referência aos irmãos portugueses José e João da Silva Redondo, famílias pioneiras que plantam suas raízes nesse distrito, através da devoção à Nossa Senhora Da Ajuda.
Já em 1734 é iniciado a construção da segunda ermida da Matriz de Nossa Senhora da Conceição, criando oficialmente o arraial das Congonhas do Campo, pertencente a Vila Rica. O vão livre da nave desta igreja é considerado uma das maiores do pais. Sua portada em pedra sabão é atribuída à Aleijadinho, na sua primeira passagem por Congonhas. Seu interior com traços do barroco e rococó tem trabalhos atribuídos ao artista português Francisco Vieira Servas. Até então já existiam nas redondezas do arraial as capelas de Nossa Senhora Da Ajuda no arraial do Redondo, Santa Quitéria com data talhada de 1717 e a Nossa Senhora da Soledade em Lobo Leite.

O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico formado por uma igreja, um adro e seis capelas anexas, localizado no município brasileiro de Congonhas, estado de Minas Gerais.
A igreja é um importante exemplar da arquitetura colonial brasileira, com uma rica decoração interna em talha dourada e pinturas. O adro é ornado com doze estátuas de profetas em pedra-sabão e as capelas contêm grupos escultóricos em madeira policromada que representam passos da Paixão de Cristo, estátuas criadas pelo Aleijadinho e seus assistentes. Outros artistas de gabarito participaram nas obras de construção e decoração, entre eles Francisco de Lima Cerqueira, João Nepomuceno Correia e Castro e Mestre Ataíde. O conjunto foi construído em várias etapas entre 1757 e 1875.
Sua implantação cenográfica e monumental, seguindo o modelo dos "sacro montes" europeus, não tem paralelos no Brasil à sua altura, e as capelas e o adro abrigam a parte mais relevante do legado escultórico do Aleijadinho. O Santuário é também o centro de uma das mais populares devoções do país, recebendo milhares de peregrinos todos os anos e recolhendo enorme coleção de ex-votos. Tornou-se um ícone do barroco brasileiro e do estado de Minas Gerais, e uma grande atração turística.

O mapa está disponível em: 1927_02_MG Município de Ouro Preto  .

© Direitos de autor. 2024: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 16/07/2024