Um dia estava andando pelas ruas de Congonhal-MG com vários dúvidas na cabeça, vivia de pequena renda, já tinha quinze anos e queria ganhar o mundo. Quando passei em frente da rodoviária e decidi entrar, sem pensar, comprei uma passagem para Santa Rita do Sapucaí,também em Minas, meu companheiro Renato, tinha uma loja de móveis lá, dizia que havia uma grande obra, muitos caminhões, estavam construindo uma escola, queria ser caminhoneiro. Em poucas horas, após ter feito baldeação de ônibus e caminhado, estava em outra cidade.
Desejava desbravar o mundo, a oportunidade surgiu nesta viagem conheci alguns estudantes que se preparavam para o vestibular de ETE "Francisco Moreira da Costa", mochileiros de outras cidades, alguns estrangeiros e decidi que queria ser como eles. Aos 16 anos, fui morar em Santa Rita do Sapucaí-MG onde aprendei a me virar sozinho, tive medo, angústia, mas encontrei coragem para enfrentar o desconhecido.
Havia muita amizade, muitas vidas, muitos destinos diferentes. Histórias que se cruzam num mesmo sonho: o de mudar o mundo. Neste período dirigi a minha vida, as vezes em busca de aventura, como um piloto de corrida que não tinha habilitação, muitas vezes "pisava fundo", ignorando a sinalização, nem quebra-mola nem sinal vermelho me parava não, diversas vezes derrapei, saí da pista, subi na calçada, fui multado quando quis "cortar caminho" pela contramão, mas graças a Deus eu saí inteiro, tomei juízo (não tinha dinheiro para vodca) e hoje não me arrisco mais, tô andando numa estrada nova, nesta viagem estou seguro.
Havia muita amizade, muitas vidas, muitos destinos diferentes. Histórias que se cruzam num mesmo sonho: o de mudar o mundo. Neste período dirigi a minha vida, as vezes em busca de aventura, como um piloto de corrida que não tinha habilitação, muitas vezes "pisava fundo", ignorando a sinalização, nem quebra-mola nem sinal vermelho me parava não, diversas vezes derrapei, saí da pista, subi na calçada, fui multado quando quis "cortar caminho" pela contramão, mas graças a Deus eu saí inteiro, tomei juízo (não tinha dinheiro para vodca) e hoje não me arrisco mais, tô andando numa estrada nova, nesta viagem estou seguro.
Percorri este caminho muitas vezes, 13696 Km, mas valeu a pena. Sempre fui de carona, perdi a conta de quantas caronas peguei. Bicicleta, moto, táxi, moto-táxi, carro, ônibus e caminhão. Quando pegava carona em carros chegava mais rápidos, dava para almoçar na casa da mamãe. Mesmo assim, gostava de ir com os gigantes da estrada, ia devagar podia observar o caminho, as curvas da estrada, a paisagem, conhecia pessoas que levavam a vida com simplicidade e valorizavam cada segundo. A carona foi se repetindo na minha vida, mais por necessidade do que por aventura, foi assim muita vezes neste caminho entre Santa Rita do Sapucaí e Congonhal.