domingo, 14 de junho de 1970

Congonhal 1944 - Cristo Rendentor da Praça Comendador Ferreira de Matos

Congonhal 1944 - Cristo Redentor
A imagem do Cristo Redentor da da Praça Comendador Ferreira de Matos foi implantada em no ano de 1927 alguns moradores mais velhos se lembram do enorme buraco feito na praça para a colocação da estatua . A tradição oral reza que, se a esfera (que simboliza o mundo) que a imagem traz na sua mão esquerda, caísse no chão , o mundo iria acabar ... 
Como podem perceber, Congonhal e o Rio de Janeiro têm duas coisas semelhantes, guardadas a descomunais proporções. É claro! 
A primeira semelhança é que o Rio era uma cidade maravilhosa e pacífica no passado e hoje é uma verdadeira praça de guerra. Já Congonhal que hoje é um lugar calmo e pacífico, na época da infância de meu avô "Chico Fubá" a coisa era feia. Todo mundo andava armado de faca, punhal, garrucha, revólver, espingarda e de vez em quando usava. Pra encurtar. Teve uma época que a cadeia de Pouso Alegre só tinha matador de Congonhal. 
A segunda é o Cristo Redentor. O Cristo do Rio é uma das maravilhas do mundo e está situado de braços abertos, numa paisagem deslumbrante. Alem disso é cheio de história desde sua inauguração, a ponto de ter proporcionado para Marconi a proeza de ter usado ondas de rádio para ilumina-lo a distancia. Já o Cristo de Congonhal, coitado, foi colocado crucificado no antigo Largo da Igreja, um lugar esburacado de terra vermelha. Hoje está numa bela praça ajeitada. 
O Cristo de Congonhal foi comprado em Campinas por uns fazendeiros que se cotizaram liderados pelo Tuany Toledo, farmacêutico e já político. Eles viajaram para Campinas e quando chegaram na fabrica ficou a dúvida. Tinha Cristo pra todo gosto: Menino Jesus, Cristo das parábolas, Cristo expulsando vendilhões, Cristo da Santa Ceia e o Crucificado. Então, perguntavam: qual o Cristo que vamos levar? 
Foi daí que meu avô, Chico Fubá, um dos membros da comitiva deu a solução: __Olha Tuany, vamos levar um Cristo morto, porque se ele lá chegar vivo eles matam.

sexta-feira, 12 de junho de 1970

Congonhal 1942 - Pharmácia Tuany Toledo

Foto 01 - Congonhal 1942 - Pharmácia Tuany Toledo
Essa casa foi construída pelo Sr. Tuany Toledo na primeira década do século XX , na Rua Silviano Brandão , esquina com a Evaristo Valdetaro e Silva, onde residiu e manteve funcionado uma farmácia,  pois além de político, era farmacêutico.
Tuany Toledo nasceu em Congonhal, em 7 de janeiro de 1893 e faleceu em Pouso Alegre, em 15 de julho de 1985. Filho de Custódio Toledo e Elisa Carmelita Toledo. Casado com a Profª Hermelinda Toledo.
Em Congonhal, exerceu, como político, vários cargos públicos, sendo eleito vereador distrital em diversos pleitos eleitorais, que evidenciaram o seu grande prestígio. Entretanto, cumpre assinalar a sua atuação como Inspetor Escolar, em cujas funções cooperou moral e materialmente para o desenvolvimento do ensino.
Grande quantidade de benefícios foram por ele distribuídos em Congonhal, durante o tempo em que exerceu o cargo de Vereador Distrital, destacando-se: abastecimento de água, luz elétrica, prédio escolar e a igreja - empreendimentos esses que mereceram de sua parte dedicada atenção.
Em Pouso Alegre foi eleito Presidente da Câmara em 22 de julho de 1936, tendo marcante atuação na política municipal e exerceu o cargo de Prefeito Municipal de 1937 a 1941.

quarta-feira, 10 de junho de 1970

Congonhal 1940 - Procissão de Corpus Christi

Foto 01 - Congonhal 1940 - Procissão de Corpus Christi
A foto tirada em meados da década de 40, registra jovens adolescentes participando da Procissão de Corpus Christi, desfile este que era realizado na Praça Comendador Ferreira de Matos, aqui nas proximidades do antigo Grupo Escolar Mendes de Oliveira. 
A antiga edificação sofreu inúmeras intervenções e demais construções, originando o edifício onde está o Banco Itaú e ao lado, o prédio atual da Prefeitura Municipal de Congonhal.
A celebração de Corpus Christi (Corpo de Cristo) surgiu na Idade Média. Fazem parte da lembrança da data missas, procissões e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi.
Em Congonhal, no inicio da década de 40 já era costume erguer altares em determinados pontos da cidade. As ruas eram enfeitadas com folhas de árvores e as janelas e sacadas eram ornamentadas com toalhas de renda (ou bordadas), jarras de flores e outros detalhes que davam ao local um aspecto festivo e solene, preparado especialmente para a passagem da procissão dos fiéis.

Foto: Câmara Municipal de Congonhal.

sexta-feira, 5 de junho de 1970

Evolução do Distrito de São José de Congonhal - Década de 40

Foto 01 - Festa de São Sebastião - Ano de 1945
HISTÓRICO - Perto de Pouso Alegre, mais ou menos a uns quinze quilômetros, existia, nos meados do século XIX, uma fertilíssima planície banhada pelo rio Cervo, onde medrava em abundância uma planta nativa chamnada "congonha" e onde também já se formara pequeno núcleo populacional.
José Ferreira de Matos era proprietário de uma fazenda nas redondezas e por motivos que a história não registrou, deliberou doar uma área de 25 alqueires para patrimônio de uma capela que deveria ser construída em honra a São José.
A autorização foi dada pelo Bispo de São Paulo, em 1869, sendo que doze anos depois instituía-se, canônicamente, a Paróquia, tendo sido seu primeiro Vigário o Padre Bernardo Cardoso de Araújo.
Foto 02 - Praça Comendador Ferreira de Matos
Ano de 1957 - Construção do Coreto
O povoado, com o nome de São José do Congonhal, passou a prosperar rápidamente, e em 1900, segundo estimativa da época, já contava com uma população de cêrca de 2 400 almas.
Em 1939 passou a chamar-se Vila de Congonhal, topônimo êste que, em 1953, quando obteve sua independência administrativa, transformou-se em Congonhal.

Emancipação de Congonhal - 1953
O Município é atualmente composto de dois Distritos: Congonhal - sede e Senador José Bento, ambos saídos do município de Pouso Alegre.
Congonhal é judicialmente subordinado à Comarca de Pouso Alegre. Situa-se o municipio na Zona Sul do Estado de Minas Gerais. O aspecto geral do seu território é plano com pequenas partes elevadas. Sua área é de 288 km.
Foto 03 - Cemitério de Congonhal - Ano de 1972
POPULAÇAO - Segundo os dados do Recenseamento de 1950, era de 4447 habitantes a população do município. Estimativas do Departamento Estadual de Estatística de Minas Gerais dão 8 655 habitantes, como sua população provável em 31-XII·1955. Densidade demográfica: 30 habitantes por quilômetro quadrado (1955).
Segundo os dados do Recenseamento Geral de 1950, era a seguinte a situação do distrito de Congonhal, núcleo em torno do qual se emancipou posteriormente o atual município: Quadro Urbano: 320 homens e 319 mulheres; Quadro Suburbano: 170 homens e 166 mulheres; Quadro Rural: 1840 homens e 1668 mulheres; totalizando 4447 habitantes.

Cemitério Paroquial de Congonhal
Mapa 01 - Congonhal 1972
Festa de São Sebastião – “Realizou-se na paróquia a tradicional festa de São Sebastião no dia 26 de junho cujo Festeiro Sr. Pedro Ribeiro muito trabalhou para que fosse bom 0 resultado financeiro. Foi pregador o Revmo. S. Cônego João Aristides, D. D. Secretário do Bispado. O Saldo da festa foi de 60.000,00 que seria empregado na reforma do Cemitério Paroquial que se acha em estado lamentável “ (TOMO 2 pagina 11, linhas 17 até 25 – 26/06/1955 – Pe. Joaquim Carneiro Filho).
Na gestão do prefeito Joaquim Nelson Morais (22/02/1967 a 31/01/1971), o cemitério foi ampliado e remodelado, de acordo com a lei municipal 331 de 11/09/1970. A cerca de arame farpado foi substituída por muro de alvenaria e as ruas internas foram abertas e calçadas. A partir de 01 de janeiro de 1972 de acordo com a Lei Municipal 358 de 04/12/1997 o cemitério passou a ser de responsabilidade, da Prefeitura Municipal, passando assim a ser chamado Cemitério Municipal.

Fonte: Câmara Municipal de Congonhal.

terça-feira, 2 de junho de 1970

Personagens da história de Congonhal (MG) - Frederico Mendes de Oliveira.

Foto 01 - Década de 30 -  Sr Frederico Mendes
de Oliveira, esposa Letícia Maria Eulália e
filhos Miguel e Jandira.
A família de Frederico Mendes de Oliveira era proprietária no bairro da Grota Rica de fazenda com engenho de serrar de tração animal.
Na foto da década de 30 está o Sr Frederico Mendes de Oliveira, esposa Letícia Maria Eulália, filhos Miguel e Jandira (no colo).
Nota-se que mesmo para um proprietário de fazenda o calcado era coisa rara na época!
Frederico Mendes de Oliveira era avô paterno de Danilo Melo - Despachante em Congonhal - MG, o qual é filho de José Augusto de Melo (conhecido por Gusto Fidirico), irmão de Miguel e Jandira.

Crédito da Foto: Amanda Mello

 Referência: VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro - Segunda Edição para 1884 - <<http://memoria.bn.br/DocReader/213462/848>>. 

segunda-feira, 1 de junho de 1970

Distrito de São José de Congonhal - Década de 30

No Diccionário Geographico do Brazil de 1896, Congonhal é descrito como Paróquia do Estado de Minas Gerais, no município de Pouso Alegre, a 18 kilômetros dessa cidade, em uma linda planície regada pelo rio Cervo.
Distrito de São José de Congonhal - 1930
São José é o santo de invocação que dá nome ao local, sendo portanto oficialmente denominado São José do Congonhal. Foi  criado distrito pelo artigo II da Lei Provincial numero 2242 de 26 de junho de 1876 e elevado á categoria de paróquia pelo artigo I parágrafo I da lei 2.650 de 4 de novembro de 1880.
As casa construída, já contavam 100 e o cemitério era fechado por muro de taipa e mantinha-se bem conservado. Na localidade há cultura de cereais e café. Tem uma escola publica de instrução primária para o sexo masculino, além de uma outra para sexo feminino. Tem agência  do correio do tipo estafeta, semanal.
A então Vila de Congonhal contava com cerca de 2400 habitantes, que liderados pelo Coronel Evaristo Valdetaro e Silva, buscavam sua emancipação política e administrativa. Coronel Evaristo, era dono de uma farmácia em Pouso Alegre bem equipada segundo os padrões da época e muito freqüentada pelos políticos, médicos e farmacêuticos da região.
Município de Pouso Alegre  - 1927
O Cristo de da praça de Congonhal foi comprado em 1928 em Campinas por moradores que se cotizaram liderados por Tuany Toledo, farmacêutico e político.
Em 1930 é inaugurada a escola mista no distrito de Congonhal, sendo nomeado inspetor escolar o Sr. Tuany Toledo.
"São José do Congonhal" continuou crescendo lentamente. Em 1938 teve sua denominação reduzida para Congonhal.
O município foi criado em 1953, com território desmembrado do município de Pouso Alegre.
Congonhal figura no Mapa do Município de Pouso Alegre marcado como Distrito de São José do Congonhal - assim permanecendo em divisões territoriais datada de 1927, com população absoluta de 6.397 almas. Note que a área onde hoje é o município de Senador José Bento, fazia parte do distrito de Congonhal.
O Distrito criado com a denominação de Congonhal, pela lei provincial nº 2650, de 04-11-1880, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Pouso Alegre. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Congonhal, figura no município de Pouso Alegre. Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Congonhal tomou o nome de São José do Congonhal. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de São José do Congonhal, figura no município de Pouso Alegre.

Fonte: Biblioteca Nacional Digital do Brasil - Jornal - Minas Geraes : Orgão Official dos Poderes do Estado (MG) - 1892 a 1900.