Congonhal 1944 - Cristo Redentor |
A imagem do Cristo Redentor da da Praça Comendador Ferreira de Matos foi implantada em no ano de 1927 alguns moradores mais velhos se lembram do enorme buraco feito na praça para a colocação da estatua . A tradição oral reza que, se a esfera (que simboliza o mundo) que a imagem traz na sua mão esquerda, caísse no chão , o mundo iria acabar ...
Como podem perceber, Congonhal e o Rio de Janeiro têm duas coisas semelhantes, guardadas a descomunais proporções. É claro!
A primeira semelhança é que o Rio era uma cidade maravilhosa e pacífica no passado e hoje é uma verdadeira praça de guerra. Já Congonhal que hoje é um lugar calmo e pacífico, na época da infância de meu avô "Chico Fubá" a coisa era feia. Todo mundo andava armado de faca, punhal, garrucha, revólver, espingarda e de vez em quando usava. Pra encurtar. Teve uma época que a cadeia de Pouso Alegre só tinha matador de Congonhal.
A segunda é o Cristo Redentor. O Cristo do Rio é uma das maravilhas do mundo e está situado de braços abertos, numa paisagem deslumbrante. Alem disso é cheio de história desde sua inauguração, a ponto de ter proporcionado para Marconi a proeza de ter usado ondas de rádio para ilumina-lo a distancia. Já o Cristo de Congonhal, coitado, foi colocado crucificado no antigo Largo da Igreja, um lugar esburacado de terra vermelha. Hoje está numa bela praça ajeitada.
O Cristo de Congonhal foi comprado em Campinas por uns fazendeiros que se cotizaram liderados pelo Tuany Toledo, farmacêutico e já político. Eles viajaram para Campinas e quando chegaram na fabrica ficou a dúvida. Tinha Cristo pra todo gosto: Menino Jesus, Cristo das parábolas, Cristo expulsando vendilhões, Cristo da Santa Ceia e o Crucificado. Então, perguntavam: qual o Cristo que vamos levar?
Foi daí que meu avô, Chico Fubá, um dos membros da comitiva deu a solução: __Olha Tuany, vamos levar um Cristo morto, porque se ele lá chegar vivo eles matam.